ISSN: entenda como funciona o código internacional de publicações seriadas

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O ISSN é um código de identificação mundial de publicações periódicas.


Você está procurando o ISSN de um artigo e não sabe onde encontrar? Ou então, você vai fazer alguma publicação e precisa entender como pode pedir um código?

Então, você vai gostar de ler esse conteúdo. Vou explicar com detalhes como funciona esse sistema 🙂

Caso no final do post você ainda tenha dúvidas, não deixe de me escrever. Combinado?

O que é o ISSN?

ISSN é a sigla de International Standard Serial Number. Significa, em português Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas.

De forma geral, é um sistema de padrão internacional, de oito dígitos numéricos precedidos da sigla ISSN, para identificar publicações seriadas.

Em termos mais simples, é como se fosse o número do CPF de publicações seriadas. Como publicações diferentes podem ter o mesmo nome, o ISSN serve para identificar cada uma delas e distingui-las uma das outras.

Assim, ele identifica, de forma numérica, as publicações de acordo com o título, com os autores, o local de publicação e a editora.

O código ISSN não é obrigatório. Quer dizer, as editoras e autores podem optar por utilizá-lo ou não. No entanto, sem dúvidas, ele garante maior qualificação à publicação.

Mas, afinal, o que são publicações seriadas?

As publicações seriadas são aquelas que têm alguma periodicidade, em formato físico ou digital. Pode-se publicar de forma quinzenal, mensal, semestral, anual… enfim, basta que tenha previsão de certa regularidade.

Segundo a ABNT é uma publicação editada em partes sucessivas, com conteúdo corrente, designação numérica e/ou cronológica e destinada a ser continuada indefinidamente.

Isso inclui uma variedade bastante ampla de publicações. Como periódicos, revistas, jornais diários, anuários, memórias, anais de congressos, publicações de sociedades, séries monográficas e suplementos independentes.

Como funciona o código ISSN?

O código é intransferível porque diz respeito a um determinado título.

Em cada exemplar da série deve constar o código, acompanhando as publicações.

Por exemplo, uma revista tem um código para o seu título. Cada exemplar dessa revista deve ter o mesmo código referente ao título. Não é necessário um ISSN diferente para cada edição.

Vou dar um exemplo: embora a Revista Vida Simples tenha mais de 100 edições, todas têm o mesmo ISSN.

Assim, as editoras, livrarias, bibliotecas e demais instituições que trabalham com publicações seriadas conseguem ter um maior controle sobre as publicações.

Isso significa que, além de distinguir e individualizar as publicações, o código de ISSN facilita a identificação mais rápida e, consequentemente, maior produtividade e mais precisão.

Quer dizer, para os usuários dos periódicos, a identificação torna mais fácil a pesquisas e a recuperação dos exemplares nas Bases de Dados de Informação Científico-Tecnológica, mesmo que haja alterações na nomenclatura ou na periocidade da publicação.

Onde encontrar o ISSN de uma publicação?

O ISSN costuma ter uma boa localização: logo na capa ou embaixo do título da publicação.

Quando as revistas têm seus próprios sites, o código costuma aparecer no cabeçalho ou nas notas de rodapé. Nos artigos científicos, o ISSN costuma ficar no mesmo lugar: no cabeçalho ou nas notas de rodapé.

Nos artigos da Scielo, por exemplo, o código ISSN aparece logo em cima do título do artigo. Veja:

ISSN da revista Scielo

A Revistas Sequencia, por outro lado, possui seu próprio site. Nele, o código ISSN consta na lateral e na nota de rodapé:

Revista Sequencia
Revista Sequência
ISSN da Revista Sequência nota de rodapé
Nota de rodapé da Revista Sequência

Como solicitar o código?

Você pode solicitar o ISSN de forma online, no site do IBICT, na seção do Centro Brasileiro do ISSN.

Para gerar um código, além de preencher o formulário e enviar a documentação para a sede do Centro Brasileiro. É necessário possuir os requisitos característicos do código.

Ou seja: ter um título fixo, ter publicação periódica, apresentar designação numérica ou seriada nas publicações, entre outras.

Se você publica o mesmo periódico em formatos diferentes, online e físico, por exemplo, você deve solicitar um código para cada formato.

Qual é o valor do código ISSN?

É gratuito. A partir de 2007, isentaram-se as taxas administrativas para solicitar o ISSN.

Como encontrar uma publicação pelo ISSN?

Vamos supor que você tem o número ISSN de uma publicação e quer saber como encontrá-la. Bom, é muito simples. Basta você entrar no site oficial do ISSN e inserir o código que você quer pesquisar.

Nesse mesmo lugar, você pode pesquisar pelo título de um periódico e encontrar o código:

Portal Internacional
Portal Internacional do ISSN

Quais as vantagens de ter um número ISSN para sua publicação?

Embora não seja obrigatório, o ISSN é um parâmetro para o controle de qualidade de revistas científicas e também um ótimo critério de indexação em base de dados nacionais e internacionais.

Isso significa que, independentemente do idioma ou do país, distingue-se as publicações periódicas a partir do mesmo sistema.

Não por menos, as publicações que têm ISSN fazem parte dos registros de publicações que o Centro Internacional, em Paris, mantém.

Então, elimina-se qualquer possibilidade de confusão entre publicações com nomes semelhantes: a individualização de cada publicação é feita com precisão.

Esse é um método eficiente e econômico de as editoras, fornecedores e consumidores de publicações se comunicarem.

A ampla utilização desse sistema compreende bases de dados que funcionam de forma automática na organização, na recuperação e na transmissão de dados sobre publicações periódicas.

Um breve histórico do ISSN

Para quem deseja aprofundar ainda mais o conhecimento, é bom saber um pouco das razões que levaram a criação do código ISSN e como funcionou esse processo.

Bom, mesmo tendo sido desenvolvido na década de 70, somente em 1998, a ISO (International Organization for Standardization) oficializou o ISSN.

O ISSN é, portanto, mais recente que o ISBN, sistema que funciona de maneira muito parecida para a identificação de livros.

Em 2007, contudo, houve uma revisão do sistema, para atender às necessidades de um identificação mais breve, única e inequívoca para as publicações periódicas.

Desenvolveram-se todas as regras do ISSN para serem compatíveis com outros padrões internacionais. Garantindo-se, assim, a ampla e irrestrita utilização do sistema no mundo inteiro.

Quem é responsável por atribuir o ISSN?

Desde 1993, a ISO 3297:2007 delegou a competência de atribuir ISSN às publicações ao Centro Internacional ISDS (Sistema Internacional de Dados das Publicações em Série).

No Brasil, o Centro Brasileiro de ISSN (CBI), parte do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), representa o Centro Internacional ISDS.

Foi em 1980 que o IBICT se estabeleceu como Centro Brasileiro, através de um acordo com o CNPq. Desde então, o IBICT passou a ser o único membro no Brasil responsável pela atribuição do código ISSN.

A rede ISSN é intergovernamental e compreende a representação de 89 centros nacionais e regionais em todo o mundo.. O comando de toda rede vem do Centro Internacional do ISSN em Paris.

A maior preocupação – e a maior realização – do Sistema de Coordenação Internacional é assegurar que cada ISSN seja único para cada publicação.

Afinal de contas, como é a Rede do ISSN?

Com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), criou-se a Rede do ISSN em 1971.

A coordenação do Centro Internacional, como eu já disse, vem de Paris, do Centro Internacional do ISSN.

A rede tem mais de 2 milhões de títulos de publicações periódicas, que se identificam pelo código ISSN em todo mundo.

Sendo assim, a Rede é a mais completa e abrangente fonte de informação de publicações periódicas.

Principais características do identificador

Antes de solicitar o ISSN, você precisa saber algumas características específicas do código.

É importante saber que um código ISSN é intransferível. Então, de forma alguma, pode-se usar o mesmo ISSN para outra publicação.

Da mesma forma, se você editar a publicação em diferentes idiomas, cada uma delas deve ter o próprio código ISSN. ]

Exceto as publicações que são multilíngues. Quer dizer, que tenham a tradução de mais de um idioma no mesmo arquivo. Ou se for uma publicação online em diferentes idiomas, mas com a mesma URL. Nesses casos, atribui-se apenas um ISSN.

Nunca atribui-se ISSN a páginas ou a outras peças promocionais de eventos. Neste caso, um único ISSN será atribuído a todas as edições.

Além disso, a mudança na numeração do evento não caracteriza a alteração de título. Então, não precisa atribuir novo ISSN.

Neste mesmo sentido, folders, cartazes, hotsites e blogs de Anais de Congressos, Seminários e Encontros não recebem ISSN.

Se você for publicar um mesmo título em diferentes formatos, físico e eletrônico, cada tipo de publicação deve receber um novo número de ISSN.

Caso a publicação traga outras formas físicas, como impressa e CD-ROM e/ou gravação de vídeo, por exemplo, uma única numeração será atribuído à publicação.

Sempre que se fizer qualquer alteração no título do periódico, deve-se atribuir um novo ISSN. Inclusive, se alterar o idioma do título.

Neste mesmo caso se enquadram as alterações do tipo de suporte, físico ou eletrônico. Que é o caso de quando uma revista impressa torna-se uma revista online, por exemplo.

Como é construído o código de barras para as publicações seriadas?

O código de barras é uma representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos.

O leitor de código de barras decodifica os dados como um scanner, emitindo um raio vermelho que percorre todas as barras.

Este código é o EAN-13. Ele codifica treze números, divididos em quatro partes. Destes treze dígitos, doze são dos dados referentes ao produto e um é o dígito verificador.

O código de barra para publicações seriadas é representado em formato EAN com dois dígitos acrescentados.

Entretanto, o Centro Brasileiro relaciona-se apenas à identificação de títulos de publicações seriadas e não ao código de barras.

Exemplo de código de barras com ISSN
Código de barras ISSN
Código de barras ISSN

Quais são as publicações que recebem ou não recebem o ISSN?

Caso você tenha lido até aqui e ainda tem dúvidas quanto às publicações que recebem ou não recebem o código veja essa lista:

Publicações que recebem o código

Todas as publicações seriadas em qualquer suporte (físico e/ou eletrônico). Incluindo:

  • Periódicos: publicações de conteúdo técnico-científico com informações baseadas em resultados experimentais.
  • Monografia Seriada: conjunto de obras ou documentos independentes que relacionam-se entre si mediante um título comum.
  • Suplemento independente: quando tem título e identificação próprios (número de volume e fascículo, data) e consequentemente o seu código.
  • Número especial independente: aquele que possui título próprio e também paginação e identificação próprias (volume, fascículo, mês, ano).

Publicações que não recebem

  • Web sites comerciais, páginas pessoais na Web, páginas da Web que contenham apenas links para outras URLs;
  • Publicações em PDF, cuja página (URL), seja disponibilizada com a extensão PDF;
  • Folders, cartazes, hotsites e blogs;
  • Publicações impressas do tipo: agendas, manuais, cartazes, livros, material didático, publicações com periodicidade definida, calendários e catálogos de exposição.

Perceba que alterações como mudança de editora, local de publicação, frequência e política editorial não resultam em atribuição de novo ISSN

Critérios para a atribuição para sites

O código identificador pode ser atribuído em sites. No entanto, o site deverá conter conteúdo editorial. Além de mencionar a responsabilidade editorial por meio do nome do editor e ter um título uniforme e uma URL válida.

Ademais, deverá atender à um assunto específico ou abordar um público-alvo específico.

Diferenças entre ISSN, ISBN, DOI e ORCID

Mesmo que o ISSN seja um identificador importante, ele não é o único que cumpre essa função. Então, é normal confundirmos esse sistema com os demais. Vamos diferenciá-los.

Enquanto atribui-se o ISSN às publicações seriadas, o ISBN é apenas para identificar livros e publicações não periódicas.

Então, a principal diferença entre esses códigos é a periodicidade, já que se utiliza o ISBN apenas para materiais publicados uma vez.

Como você já sabe, todos os materiais que recebem um código de ISSN têm uma frequência de publicação, seja ela diária, quinzenal, mensal, semestral ou anual. No caso do ISBN, a publicação deve ser única.

Já o DOI é um registro para qualquer tipo de arquivo digital, seja um livro, um trabalho científico, uma revista, uma imagem e até uma música. Basta incluir o catálogo para ter um link permanente de documento digital publicado.

Por último, o ORCID é um número de identificação de pesquisadores. É um sistema individual, gratuito e digital, que serve para resolver problemas de nomes semelhantes. De forma geral, substitui os nomes por um número.

Veja este quadro que sintetiza as informações e característica dos quatro identificadores:

Diferença entre DOI, ISSN, ISBN e ORCID.

Formatação automática de artigos e trabalhos científicos

Você não deve esquecer que, independentemente do tipo de trabalho acadêmico, – seja um TCC, uma monografia, uma dissertação e até uma tese de doutorado, você deve seguir a formatação das normas da ABNT.

E nisso nós podemos te ajudar. O Mettzer é um editor de textos, que formata, de forma automática, todos os seus trabalhos nas normas da ABNT: desde a capa até as referências bibliográficas.

Já são mais de 450 mil estudantes e pesquisadores que usam o Mettzer todos os dias.

Então, se você ainda não conhece o Mettzer, essa é uma ótima oportunidade de conhecer.

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mettzer
O que é ISSN?

O ISSN é um sistema de padrão internacional, de oito dígitos numéricos precedidos da sigla ISSN, para identificar publicações seriadas.

O que são publicações seriadas?

As publicações seriadas são aquelas que têm alguma periodicidade, em formato físico ou digital. Pode-se publicar de forma quinzenal, mensal, semestral, anual… enfim, basta que tenha previsão de certa regularidade.

Onde encontrar o ISSN de uma publicação?

O ISSN costuma ter uma boa localização: logo na capa ou embaixo do título da publicação. Quando as revistas têm seus próprios sites, o código costuma aparecer no cabeçalho ou nas notas de rodapé. Nos artigos científicos, o ISSN costuma ficar no mesmo lugar: no cabeçalho ou nas notas de rodapé.

Onde encontrar o ISSN de um artigo?

Nos artigos científicos, o ISSN costuma ficar no cabeçalho ou nas notas de rodapé.

Como solicitar o código ISSN?

Você pode solicitar o ISSN de forma online, no site do IBICT, na seção do Centro Brasileiro do ISSN.
Para gerar um código, além de preencher o formulário e enviar a documentação para a sede do Centro Brasileiro. É necessário possuir os requisitos característicos do código.

Qual é o valor do código ISSN?

É gratuito desde 2007.

Como encontrar uma publicação pelo ISSN?

Basta você entrar no site oficial do ISSN e inserir o código que você quer pesquisar.

Quem é responsável por atribuir o ISSN?

No Brasil, o Centro Brasileiro de ISSN (CBI) atribui os códigos ISSN.

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2 comentários em “ISSN: entenda como funciona o código internacional de publicações seriadas”

    • Oi Roseane, tudo bem?

      Quando um artigo é publicado em revistas, essa informação vai na ficha catalográfica que fica no início da revista.

      Já para artigos ele deve ir no rodapé, junto com as informações adicionais do autor.

      Espero ter ajudado.

      Abraços

      Responder

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