Conheça os principais tipos de Normatização acadêmica – De Harvard a MLA ( Parte I )

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O tema de hoje é muito importante. Falaremos nessa coluna de “normatização acadêmica”. O sistema de normas mais popular cá entre nós brasileiros é o da Agência Brasileira de Normas Técnicas, a boa e velha ABNT.

O intuito da ABNT e dos demais órgãos que desenvolvem esses sistemas, é permitir que em qualquer lugar do mundo a ciência possa ser compreendida e os estudos dos mais diversos campos do conhecimento possam ser divulgados e ter sua eficiência e validade atestada em outros países por pesquisadores de diversos ramos.

Vamos conhecer hoje alguns dos principais sistemas de normatização, onde cada um se encaixa na sua vida profissional/acadêmica e quais as principais referências para não errar mais na hora de adequar o seu texto.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas, popularmente conhecida como ABNT, é a mais importante referência para quem está no Brasil e deseja realizar pesquisa dos mais diversos tipos e modos.

Um dos principais diferenciais desse sistema de normatização é o fato de que ele está relacionado com praticamente toda forma de produção científica, pois sua extensão e aceitação é praticamente uma espécie de lei no Brasil.

Importante frisar que a ABNT é, no Brasil, o órgão que normatiza praticamente tudo que é produzido no contexto industrial, então nada mais comum que ele abranja também a produção acadêmica. Há muitas críticas ao sistema ABNT.

A principal delas é ao aspecto solto e à grande quantidade de interpretações cujas suas normas abrem precedente, o que evidenciaria um sistema pouco eficiente e sem credibilidade na sua atividade-fim.

Outros padrões de Normatização acadêmica

A ABNT é utilizada exclusivamente no Brasil, mas sua organização tem semelhanças muito grandes com os demais sistemas que você vai conhecer nesse post, especialmente com o estilo Chicago.

O estilo Harvard leva o nome da instituição de Ensino Superior mais antiga do mundo. E é, evidentemente, um dos mais respeitados no planeta.

Não por acaso: ele foi criado por lá e goza do mesmo prestígio, isto porque nele estão documentados os primeiros registos do que hoje forma o clássico sistema “autor/data”, que, inclusive, foi incorporado no nosso modelo clássico de citação, recepcionado pela ABNT.

além disso, foi o primeiro sistema a situar a relação de autores no final.

Ela difere-se um pouco da ABNT e dos demais sistemas apresentados aqui porque, em vez de ser trabalhada a relação em ordem alfabética, como fazemos aqui no Brasil, o sistema Harvard prefere relacionar as obras pela data de publicação (ano).

Conhecido como estilo CMS ou CMOS (quando na verdade são duas formas distintas do mesmo sistema), o chamado sistema Chicago cuida dos principais itens relacionados ao modo de classificação das obras em determinados documentos, sendo muito apreciado pelos diagramadores, já que elementos gráficos, como pontuação, organização de texto na página e disposição de rodapés são os principais diferenciais oferecidos por este sistema.

Sistema Chicago

O manual foi lançado em 1903 e desde então só tem feito sucesso. Tem até site oficial. O sistema Chicago é subdivido em Chicago Humanidades, relacionado à área de humanas, como Museologia, Arqueologia, Antropologia, etc.;

O sistema Chicago Autor/Data, que é mais voltado à referenciação de informações para áreas sociais e ciências naturais, como Química, Física, Sociologia, etc., bem como áreas conexas.

Pensando nessa mesma linha, temos também o sistema Chicago Turabian, uma variação do sistema Chicago, mas que tem uma finalidade mais prática, uma vez que foi criado na década de 1930, e serve, essencialmente, para a classificação de informações para mestrandos e doutorandos, que é meio que uma coisa que tem muita aceitação no Brasil.

Normas MLA

O Modern Language Associalization ( MLA ) é o mais importante sistema para os pesquisadores na área de Humanas. Em muitos aspectos ele é mais completo, mas destaca-se a previsão não apenas da organização do texto (que é uma constante em todos os sistemas apresentados), mas principalmente por prever informações importantes, como tipo de fonte, formato de papel, tamanho, links, pontuação, etc.

Este sistema é considerado extremamente detalhado, e é o preferido em alguns países, especialmente nos Estados Unidos.

Assim como o sistema Chicago, este modelo também tem site oficial, com serviço pago, que é atualizado anualmente. Vale a pena investir, especialmente se o foco do pesquisador for atingir instituições que são sediadas nos Estados Unidos.

Estes são considerados os três mais relevantes sistemas de pesquisa.

É importante considerar, entre outros aspectos, que estes sistemas possuem ampla abrangência, e mesmo a ABNT, sendo restrita ao Brasil, é um sistema cuja importância impede que seja descartado ou visto com pouca importância pelo pesquisador.

Porém, frise-se, é importante dominar pelo menos um dos sistemas aqui mencionados, se, no decorrer da vida acadêmica do pesquisador, este deseje publicar seus estudos em periódicos estrangeiros.

No próximo post, vamos conhecer outros estilos de normatização, e apresentar um pequeno quizz para te ajudar a conhecer mais a fundo a ABNT.

Esse blog foi escrito por Ricardo Silvio do Blog Monografando


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