Pesquisa empírica: conceito, formas de conhecimento e como fazer

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A pesquisa empírica, diferentemente da teórica, produz e analisa dados realísticos, de modo factual.


Sumário

  1. O que é pesquisa empírica?
  2. Quatro formas de conhecimento
  3. Importância da pesquisa empírica com exemplos
  4. Como fazer pesquisa empírica
  5. Pesquisa empírica e pesquisa prática
  6. Perguntas frequentes

A pesquisa empírica é um método científico baseado em evidências concretas e observações diretas. Ela nos permite descobrir a verdade e obter insights fundamentados sobre o mundo ao nosso redor.

A pesquisa empírica é essencial em diversas áreas do conhecimento, impulsionando descobertas valiosas. No entanto, enfrenta desafios como a coleta precisa de dados e a consideração da ética. Quer entender melhor? Vem comigo.

O que é pesquisa empírica?

A pesquisa empírica, também chamada de pesquisa de campo, pode ser entendida como aquela em que é necessária comprovação prática de algo, especialmente por meio de experimentos ou observação de determinado contexto para coleta de dados em campo.

Geralmente a escolha da metodologia de um TCC, monografia, ou qualquer outro tipo de pesquisa passa pela pesquisa empírica, pesquisa teórica ou prática. Podendo, a depender do objeto, serem somadas.

Na relação com a teoria, a pesquisa empírica serve para ancorar e comprovar no plano da experiência aquilo apresentado conceitualmente, ou, em outros casos, a observação e experimentação empíricas oferecem dados para sistematizar a teoria.

A valorização desse tipo de pesquisa é pela “possibilidade que oferece de maior concretude às argumentações, por mais tênue que possa ser a base fatual.

Então, a principal finalidade desta pesquisa é testar hipóteses que tratam de relações de causa e efeito.

Neste sentido, o significado dos dados empíricos depende do referencial teórico, mas estes dados agregam impacto pertinente, sobretudo no sentido de facilitarem a aproximação prática.

Quatro formas de conhecimento

Tendo em vista que as formas de pesquisa advém das formas de “conhecer” o mundo, podemos aprofundar o estudo para as formas de conhecimento.

Isto porque todo o conhecimento humano reporta a um ponto de vista e a um lugar social, e se relaciona diretamente com os métodos de pesquisa.

1. Conhecimento empírico

Reafirmando o que já foi dito até aqui, o conhecimento empírico é o conhecimento adquirido no cotidiano, por meio de experiências.

Ou seja, é construído por meio de tentativas e erros e caracterizado pelo senso comum pela forma espontânea e direta de compreendermos algo.

Neste termos, o principal mérito do método empírico é o de assinalar com vigor a importância da experiência na origem dos nossos conhecimentos.

O conhecimento empírico se constitui, assim, em outra forma de conhecer e
de se colocar no mundo.

Principais características

  • É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
  • Ademais, deve ser obtido no dia a dia, que se obtém pela experiência cotidiana. É espontâneo, focalista, sendo por isso considerado incompleto, carente de objetividade.
  • Ocorre por meio do relacionamento diário das pessoas com as coisas.
  • Não há a intenção e a preocupação de atingir o que o objeto contém além das aparências.
  • Fundamentado apenas na experiência, doutrina ou atitude, que admite quanto à origem do conhecimento de que este provenha apenas da experiência.

2. Conhecimento filosófico

A palavra filosofia foi introduzida por Pitágoras, e é composta, em grego, de philos, “amigo”, e sophia, “sabedoria”

A Filosofia é a fonte de todas as áreas do conhecimento humano, e todas as ciências não só dependem dela, como nela se incluem.

Deste modo, a filosofia é a ciência das primeiras causas e princípios e destituída de objeto particular, assume o papel orientador de cada ciência na solução de problemas universais.

Progressivamente, constata-se que cada área do conhecimento desvincula-se da Filosofia em função da forma como trata o objeto, que é para a mesma, a matéria.

Importa entender que, se há generalidades não há consenso.

3. Conhecimento científico

O conhecimento científico surge com Galileu Galilei (1564-1642).

Os gregos distinguiram no século VII a. C. a diferença entre o conhecimento racional, que seria científico e mediado pela razão, e o conhecimento mítico, inspirado pelos deuses e do qual se fala sem nenhuma preocupação em relação à prova dos acontecimentos.

Deste modo, o conhecimento científico surge a partir: da determinação de um objeto específico de investigação; e da explicitação de um método para essa investigação.

A Ciência caracteriza-se como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível.

As áreas da Ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões:
puras (o desenvolvimento de teorias) e aplicadas (a aplicação de teorias às necessidades humanas); ou naturais (o estudo do mundo natural) e sociais (o estudo do comportamento humano e da sociedade).

4. Conhecimento teológico

É o conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Portanto, não confirma-se ou nega-se e depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.

Por exemplo: acreditar que alguém curado por um milagre/ ou acreditar em Deus/ em reencarnação, etc.

O conhecimento teológico, ou místico, é fundamentado exclusivamente na fé humana e desprovido de método. É alcançado através da crença na existência de entes divinos e superiores que controlam a Vida e o Universo.

Alguns exemplos são os textos sagrados como a Bíblia, o Alcorão, dentre outros.

Importância da pesquisa empírica com exemplos

A pesquisa empírica é fundamental para a comprovação da teoria e à sua validação, especialmente em determinadas áreas como as Ciências Biológicas, Ciências Sociais Aplicadas ou a Arquitetura.

Nestas áreas, a teoria trabalha muitas vezes a serviço da prática, e sem esta última perde até mesmo seu objetivo.

Ainda assim, algumas vezes a pesquisa empírica ainda fica classificada como uma categoria “menor” de pesquisa, por supostamente envolver menos “esforço intelectual” e mais “esforço braçal”.

Neste sentido, temos que este é um preconceito antigo e sem fundamentos já que cada método serve para um fim distinto, e são, de modo geral, complementares.

No entanto, ao contrário da pesquisa teórica, a pesquisa empírica não é autossuficiente, ou seja: não se sustenta dissociada absolutamente da teoria, fundamental à sistematização do conhecimento.

Assim, serve para dar fundamento aos experimentos realizados e dados observados ou colhidos em campo.

Como fazer pesquisa empírica

A pesquisa empírica realiza-se de diversas formas, a depender objeto e objetivo do seu estudo.

Portanto, não há uma única forma de fazer pesquisa empírica, o que deverá ser pensado com atenção para cada caso.

Ainda assim, destacamos a título de exemplificação, duas modalidades de pesquisa empírica: a pesquisa etnográfica e a pesquisa etnometodológica.

Pesquisa etnográfica

A pesquisa etnográfica segue a metodologia etnográfica, uma metodologia que faz parte das ciências sociais, especialmente da Antropologia.

O conceito significa a descrição cultural de um povo (do grego ethnos, que significa nação e/ou povo e graphein, que significa escrita).

A etnografia estuda os padrões mais previsíveis das percepções e comportamento manifestos na sua rotina diária dos sujeitos estudados. 

Por isso, uma característica importante a destacar é que a utilização de técnicas e procedimentos etnográficos não segue padrões rígidos ou pré-determinados, o que deve guiar este processo é realmente o senso desenvolvido pelo etnógrafo a partir do trabalho de campo no contexto social da pesquisa. 

Neste sentido, muitas vezes os instrumentos de coleta de dados e análise de dados utilizados nesta abordagem de pesquisa  têm que ser formuladas ou recriadas buscando atender à realidade do trabalho de campo.

Pesquisa etnometodológica

Em outro sentido, a etnometodologia é a pesquisa empírica dos métodos que os indivíduos utilizam para dar sentido e ao mesmo tempo realizar as suas ações de todos os dias: comunicar-se, tomar decisões, raciocinar.

A etnometodologia é, portanto, o estudo das atividades cotidianas, quer sejam triviais ou eruditas, considerando que a própria sociologia deve ser considerada como uma atividade prática.

Pesquisa empírica e pesquisa prática

Além de compreender o que é a pesquisa empírica, também deve-se compreender que a pesquisa empírica é diferente da pesquisa prática. Mesmo que, por vezes, se pareçam em terminologia.

A pesquisa prática é diretamente ligada à práxis, ou seja, à prática histórica em termos de conhecimento científico para fins de intervenção.

Apesar de não esconder a ideologia, tampouco perde o rigor metodológico.

Assim, métodos qualitativos que seguem esta direção são, por exemplo: a pesquisa participante e a pesquisa-ação em que, geralmente se faz a devolução dos dados à comunidade estudada para as possíveis intervenções.

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Perguntas frequentes

Qual a diferença entre pesquisa empírica e pesquisa teórica?

A pesquisa empírica baseia-se em evidências coletadas através de observação ou experimentação, enquanto a pesquisa teórica se baseia na análise de conceitos, teorias e modelos existentes. A pesquisa empírica busca responder a perguntas concretas através da observação direta, enquanto a pesquisa teórica busca desenvolver novas teorias e expandir o conhecimento existente.

Como analisar os dados em pesquisa empírica?

A análise de dados em pesquisa empírica pode envolver várias técnicas, dependendo da natureza dos dados coletados. Algumas abordagens comuns incluem análise estatística descritiva, análise de regressão, análise de conteúdo, análise de dados qualitativos, entre outros.

Quais os métodos comuns de coleta de dados em pesquisa empírica?

Os métodos comuns de coleta de dados em pesquisa empírica incluem questionários, entrevistas, observações diretas, experimentos, testes psicológicos, análise de documentos e análise de registros existentes, entre outros.

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1 comentário em “Pesquisa empírica: conceito, formas de conhecimento e como fazer”

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