A aula expositiva é uma técnica de aprendizagem que consiste, basicamente, na centralidade da exposição do professor (a) sobre um conteúdo em sala de aula. Vem entender como funciona essa técnica!
Sumário:
- Mas o que é, afinal, uma aula expositiva?
— Vantagens
— Limites - Aula expositiva dialogada
- Aprendizagem ativa X aula expositiva
- Mettzer: conectando educação e tecnologia
A aula expositiva é uma das mais antigas e — ainda — uma das mais utilizadas técnicas de ensino e aprendizagem.
Apesar da sua expansão e consolidação em muitos espaços educacionais, essa técnica vem sendo criticada, especialmente, por sua centralidade na figura do professor (a) como transmissor de conteúdo e, nos estudantes, como receptores passivos.
Quer saber como funciona uma aula expositiva e quais as alternativas à essa técnica?
Vem comigo 😉
Mas o que é, afinal, uma aula expositiva?
A aula expositiva é uma técnica de aprendizagem que consiste, basicamente, na centralidade da exposição oral do professor (a) sobre um conteúdo em sala de aula.
“A técnica mais tradicional de ensino é a técnica expositiva ou aula expositiva, que consiste na apresentação de um tema logicamente estruturado. Essa técnica é das mais antigas no campo do ensino, assim como a cópia, o ditado e a leitura”.
Apesar da aula expositiva ser uma das técnicas mais utilizadas por professores — tanto nas escolas quanto nas universidades — ela vem sendo muito criticada.
No entanto, isso não quer dizer que as aulas expositivas não possam ser úteis para as dinâmicas de ensino e aprendizagem. Mas, é importante que essa não seja a única técnica utilizada pelos professores.
Vantagens
Segundo Elisângela Fernandes e Beatriz Santomauro (2011), a aula expositiva pode ser um bom recurso de aprendizagem para momentos de:
- Apresentar informações ou conteúdo novo
- Sistematizar conteúdos já trabalhados
- Retomar temas não compreendidos
Nesses casos, algumas aulas expositivas podem ser interessantes para expor um panorama geral sobre um conteúdo até então desconhecido ou retomar temas centrais estudados durante a disciplina.
Nesse sentido, as aulas expositivas podem ser mais adequadas em cursos de graduação e pós-graduação, onde há uma maior complexidade nos temas estudados.
Mas, mesmo nesse contexto, a inclusão de metodologias de aprendizagem ativa podem ser mais efetivas ao estimular a agência de cada estudante na construção de sua própria formação.
Limites
A metodologia de ensino-aprendizagem por trás da aula expositiva tem como centro a figura do professor (a) enquanto transmissor do conteúdo. Na sala de aula, portanto, haveria uma transmissão e não construção do conhecimento.
Por isso, uma das principais críticas a essa estratégia diz respeito à posição de passividade em os estudantes são colocados no seu próprio processo de aprendizagem.
Em uma aula expositiva, o aluno seria mero receptor do conteúdo e não um agente da sua formação. Essa lógica mecânica de ensino-aprendizagem é criticada também por se mostrar menos efetiva no que diz respeito à absorção do conteúdo pelos estudantes.
Por se concentrar apenas na capacidade didática do professor (a), a aula expositiva pode acabar desestimulando os estudantes, que se veem como meros espectadores.
Por outro lado, metodologias de ensino-aprendizagem ativas têm focado, justamente, no papel dos estudantes frente à sua própria aprendizagem.
Aula expositiva dialogada
Ao passo em que ocorre uma aproximação da exposição do conteúdo com as necessidades reais dos alunos e seus conhecimentos prévios, a aula expositiva tradicional pode se transformar em uma aula expositiva dialogada.
Nessa estratégia de ensino, a exposição de conteúdos deve estar em constante diálogo com os conhecimentos prévios dos alunos e alunas. O próprio planejamento da aula precisa partir das vivências e interesses do grupo de estudantes.
Por exemplo,
“Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem à saúde das gentes”.
As aulas dialogadas — ou dialógicas — o professor ou professora deixa de ser o centro da sala de aula e compartilha o protagonismo do processo de ensino-aprendizagem com os estudantes. Assim, os alunos e alunas precisam assumir uma postura ativa e participativa em sala de aula, estimulados pelo docente.
Aprendizagem ativa X aula expositiva
De uma maneira geral, as metodologias de ensino-aprendizagem ativas tem como objetivo transformar a sala de aula em um espaço de aprendizagem dinâmico, com participação ativa dos estudantes.
Por isso, os professores e professoras assumem o papel de mediadores do conhecimento. Ou seja, devem contextualizar os conteúdos por meio do diálogo com a realidade dos estudantes, os estimulando a fazer questionamentos e a conectarem-se com os temas estudados.
Metodologias ativas de aprendizagem colocam o aluno como protagonista da sua própria jornada de aprendizagem e abrem caminho para o pensamento crítico.
Mettzer: conectando educação e tecnologia
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Doutoranda em Sociologia pela UFSC. Acredita no poder transformador das trocas e afetos que circulam no ambiente científico. Comprometida com a construção de uma ciência mais plural, humana e socialmente justa.
