Publicado em: 25/02/2022 Por Beatriz Coelho | Atualizado em 31/10/2023.
Descubra o que é, como fazer e quais são os benefícios de fazer um mapa conceitual para sua vida acadêmica.
Sumário:
- O que é mapa conceitual?
- Mapa conceitual x mapa mental: qual é a diferença?
- Tipos de mapa conceitual
- O que um mapa conceitual precisa ter?
- Como o mapa conceitual pode ajudar na vida acadêmica?
- Passo a passo de como fazer um mapa conceitual
- Conte com a Mettzer para facilitar sua vida acadêmica
Não sei se você já sabe, mas o mapa conceitual pode ser um grande aliado da sua vida acadêmica.
Isso porque ele pode te ajudar em diversos processos: tanto para aprender algo novo, quanto para estudar e memorizar sobre o que você já sabe. E, inclusive, serve para estruturar projetos de pesquisa e trabalhos.
Nesse post, vou te explicar o que é, quais os benefícios e como fazer um mapa conceitual. Bora? 🙂
O que é mapa conceitual?
O mapa conceitual é uma ferramenta que representa de forma gráfica as relações entre as ideias de um tema. Quer dizer: a partir do mapa é possível estabelecer e visualizar as relações entre informações, definições e conceitos.
Isso porque organizam-se os dados em uma estrutura hierárquica e sistemática, através de caixas ou balões (os nós) e as conexões de arcos (linhas ou setas).
O mapa conceitual funciona da seguinte forma: tudo começa a partir de um conceito abrangente (ou super tema), que vai sendo quebrado em conceitos menos abrangentes. As setas (e outros elementos) mostram a conexão entre eles.
Ou seja: o objetivo principal do mapa conceitual é organizar as informações de forma visual, para direcionar o pensamento criativo e estruturar o conhecimento. Depois que as informações estão organizadas, fica muito mais fácil assimilar o conteúdo ou transmiti-lo para outras pessoas.
Mapa conceitual x mapa mental: qual é a diferença?
É bastante comum que pessoas universitárias confundam o conceito de mapa conceitual com mapa mental. No entanto, como vamos ver, essas são ferramentas diferentes que têm, inclusive, objetivos diferentes.
Bom, vamos lá. A primeira grande diferença é a finalidade das ferramentas. O objetivo do mapa conceitual é representar um conhecimento que já existe, para servir como uma ferramenta de aprendizagem.
O objetivo do mapa mental, por sua vez, é desenvolver um conjunto de ideias novas.
A outra diferença refere-se à aplicação. Enquanto o mapa conceitual representa conhecimentos mais formais – como o conhecimento acadêmico ou plano estratégico de uma empresa, por exemplo -, o mapa mental pode representar uma maior variedade de tarefas e conceitos.
Então, o mapa mental é mais flexível e o mapa conceitual é mais formal e hierarquizada.
Além do mais, o mapa conceitual mostra tópicos com ligações cruzadas e múltiplas relações. Por outro lado, o mapa mental mostra apenas um tópico com item primário no centro e todos os outros secundários, espalhando-se pelas laterais.
Tipos de mapa conceitual
Os mapas conceituais podem ser de três formatos diferentes: hierárquico, fluxograma e teia de aranha.
É fundamental que você conheça todos os tipos para escolher o que melhor se adequa aos seus objetivos. Vamos lá.
Fluxograma
No mapa conceitual de fluxograma, constrói-se os conceitos de forma linear: partindo de um ponto de início até chegar a um fim.
Usa-se esse tipo para visualizar processos e ciclos. Como não inclui tantos conteúdos e descrições, é possível que se torne um pouco superficial.
Teia de aranha
Esse é o tipo que se assemelha a um mapa mental. Já que tem a ideia principal no centro do mapa.
É um modelo importante para assimilar conceitos mais gerais, que não se conectam tanto à ideia principal.
Como o formato dificulta a ligação entre os conceitos, pode não ser um bom tipo para aprender profundamente sobre uma ideia.
Hierárquico
Esse é o tipo de mapa conceitual padrão. Nesse tipo, você deve construir as ideias de cima pra baixo, partindo da ideia central para os conceitos e as definições.
Nesse ponto, quanto mais pra cima, mais importante é a informação.
É um modelo importante para assimilar conceitos profundos. No entanto, é mais difícil de construir, porque exige um conhecimento prévio sobre o tema.
O que um mapa conceitual precisa ter?
1. Ideia central
Todo mapa conceitual deve começar a partir de uma ideia mais abrangente. A ideia central é o ponto de partida e o ponto de referência para dar contexto aos demais conceitos.
Identificá-la é muito simples. Afinal de contas, ela é o problema ou o objetivo que o mapa deve resolver. Ou seja: ela é o motivo pelo qual você está fazendo um mapa conceitual.
Por isso, a ideia central deve ficar em posição de destaque e ser o elemento com maior hierarquia.
2. Conceitos
Para a melhor compreensão, deve-se fragmentar a ideia central em elementos menores. Esses elementos são os conceitos. Deve-se representá-los por palavras-chave e termos gerais.
Se, por exemplo, a sua ideia central for frutas tropicais, abacaxi, caju e açaí podem ser os conceitos.
3. Hierarquia
Bom, você já sabe que a ideia central deve ficar no topo e, mais embaixo, os conceitos gerais. Depois, você pode incluir definições e conceitos mais específicos.
A ideia é sempre construir o mapa de maneira que seja possível fazer a leitura de cima pra baixo.
Essa hierarquia de elementos forma-se a partir de linhas, setas e declarações semânticas.
4. Frases de ligação
Como o próprio nome sugere, as frases de ligação servem para ligar os conceitos. Ou seja: são pequenas frases que dão sentido para a ligação entre os conceitos.
Por isso, essas frases devem ficar nas linhas que conectam os diferentes níveis hierárquicos de conceitos.
Para melhor compreensão, deve-se usar frases curtas e verbos, como: “criado por”, “determinado por” e “causa”.
5. Definições
Depois de quebrar a ideia central em conceitos menores, você precisará de definições. Afinal, as definições são as construções semânticas que explicam o significado dos conceitos.
Essas explicações são fundamentais para memorizar ou aprender sobre o assunto do mapa.
Como o mapa conceitual pode ajudar na vida acadêmica?
Você já deve ter escutado o ditado popular: “imagens valem mais que mil palavras”. E isso é cientificamente comprovado: pesquisas indicam que o cérebro processa imagens 60.000 vezes mais rápido do que um texto.
É por isso que essa ferramenta facilita e obtenção e a compreensão de ideias, já que transforma conceitos em uma estrutura visual.
A partir do mapa conceitual você pode visualizar as relações entre as ideias e criar conexões mentais que permitem a melhor retenção do conhecimento.
Entre os benefícios dessa ferramenta para a vida de qualquer estudante estão:
- Facilitar a compreensão a partir de seu formato visual
- Melhorar a aprendizagem a partir da relação de conhecimentos novos e antigos
- Sintetizar informações, integrar conceitos novos e antigos para melhor compreender a ideia geral
- Planejar e descrever projetos de pesquisa
- Incentivar discussões e pensamentos de alto nível
- Mapear as relações entre coisas, como palavras, personagens, eventos na história.
- Fomentar a descoberta de novos conceitos e suas conexões
- Oferecer uma comunicação clara de ideias complexas
- Promover o aprendizado colaborativo
- Estimular a criatividade
- Identificar temas que precisam de mais conhecimento ou análise
Passo a passo de como fazer um mapa conceitual
1. Identifique o objetivo
Bom, esse é o primeiro ponto. Antes de mais nada, você precisa entender quais são os seus objetivos com o mapa conceitual.
2. Defina uma ideia central
A partir de seu objetivo, você já pode construir a sua ideia central. Ela vai ser o ponto central do seu mapa conceitual. Uma dica é utilizar conceitos simples e assertivos, para não desviar o foco.
Se você utilizar, por exemplo, uma ideia central com o termo alimentação, terá muitos caminhos para seguir. Mas se, por outro lado, usar impactos da alimentação saudável, seu mapa ficará melhor direcionado.
3. Defina a ferramenta que você vai usar
Em seguida vou dar dicas de ferramentas para você construir seu mapa conceitual. Mas já vou logo adiantando que, de toda forma, basta uma caneta e um papel. Se tiver canetas coloridas, melhor ainda.
4. Liste todos os conceitos que se relacionam ao tema central
Esse é o momento da chuva de ideias. Em uma folha separada, você deve listar todos os conceitos que vem à sua cabeça quando pensa sobre o tema. Depois disso, você já pode criar categorias, do menos para o mais específico.
5. Estruture o mapa conceitual
Por fim, chegou a parte de montar o seu mapa conceitual. É nesse momento que você vai construir todos os nós e os arcos do seu mapa.
Lembre-se de incluir frase de ligação entre os conceitos, para estabelecer a relação entre eles.
Ferramentas para fazer o mapa conceitual
Pois bem. Você pode fazer o seu mapa conceitual usando apenas papel e caneta. No entanto, caso quiser aproveitar um pouco de tecnologia, aqui estão 2 dicas de ferramentas:
Canva
O Canva é uma ferramenta interessante para criar apresentações e templates. A plataforma, inclusive, disponibiliza diversos modelos de fluxogramas gratuitos, que você pode utilizar e personalizar como preferir.
Miro
O Miro é a minha opção preferida para criar mapas que precisem de uma visualização ampla. Ele também tem diversos modelos que você pode apenas editar.
Além disso, ele tem a funcionalidade de compartilhar o seu trabalho com outras pessoas. Isso é fundamental para quem está trabalhando em grupo.
Sem contar que a ferramenta compreende infinitos quadros brancos, que dão bastante liberdade para criar seu mapa para todos os lados.
Conte com a Mettzer para facilitar sua vida acadêmica
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É uma ferramenta que representa de forma gráfica as relações entre as ideias de um tema. Quer dizer: a partir do mapa é possível estabelecer e visualizar as relações entre informações, definições e conceitos.
1. Identifique o objetivo.
2. Crie uma ideia central.
3. Escolha a ferramenta que você vai utilizar.
4. Liste todos os conceitos que se relacionam com o tema central.
5. Monte a estrutura do mapa.
1. Ideia central
2. Hierarquias
3. Conceitos
4. Frases de ligação
5. Definições
Pesquisadora. Mestra em Direito pela UFSC. Acredita que conhecimentos acadêmicos só servem se ultrapassarem os muros das universidades e que conhecimento bom é conhecimento compartilhado e construído por todas as pessoas.