Neste post você vai aprender o que é um plano de ensino, porque esse documento é importante e as elementos fundamentais fazer um.
Sumário:
- O que é plano de ensino?
- Plano de ensino X plano de aula: qual a diferença?
- Exemplos para se inspirar
- Mão na massa: como elaborar um plano de ensino?
O plano e ensino é um guia de funcionamento de uma disciplina, por isso é um instrumento pedagógico indispensável.
Se você precisa elaborar esse documento, mas não sabe por onde começar, esse post é pra você!
Vem comigo 😉
O que é plano de ensino?
De modo geral, o plano de ensino é um documento didático-pedagógico no qual você apresenta as atividades a serem desenvolvidas no decorrer do ano letivo em uma determinada disciplina.
Assim, esse documento deve conter os elementos obrigatórios previstos nas diretrizes curriculares da instituição de ensino, tais como:
- conteúdo programático
- objetivos da disciplina
- ementa
- bibliografia básica e complementar
- metodologia
- carga horária
- critérios de avaliação
Por ser uma espécie de “guia” de funcionamento de uma disciplina, o plano de ensino é fundamental para a organização e o planejamento dos professores e demais profissionais da educação.
Portanto, é um instrumento pedagógico indispensável para estimular uma aprendizagem dinâmica, reflexiva e eficiente.
Ou seja, por meio de um plano de ensino bem formulado você consegue direcionar as ações necessárias para atingir os objetivos pedagógicos da disciplina, tornando, assim, o processo de ensino e aprendizagem mais consistente e adequado às especificidades dos estudantes.
Plano de ensino X plano de aula: qual a diferença?
Apesar de serem confundidos com frequência, o plano de ensino e o plano de aula são documentos diferentes.
O plano de ensino tem como objetivo de abranger as atividades pedagógicas de uma disciplina por completo, ou seja, durante todo o ano letivo (ou semestre).
Já o plano de aula tem como função organizar a dinâmica de funcionamento de uma aula apenas.
Isto quer dizer que, enquanto o plano de ensino compreende um planejamento mais geral e amplo (de todo o ano ou semestre letivo), o plano de aula é como um roteiro feito para cada aula em particular.
Exemplos para se inspirar
1. Ensino Fundamental:
2. Ensino Médio:
3. Ensino Superior:
Mão na massa: como elaborar um plano de ensino?
Antes de tudo, é preciso ter em mente que a estrutura de um plano de ensino tem como base três questões:
- O que será ensinado? — qual o tema da disciplina
- Por quê? — quais os objetivos da disciplina e porque ela é importante
- Como? — qual metodologia será utilizada
- Para quê? — quais os conhecimentos devem ser adquiridos e como isso será avaliado
Por meio da reflexão destes três pontos, você será capaz de delinear os pilares centrais desse documento.
E para te ajudar nesse caminho, separamos algumas dicas fundamentais.
Vem conferir 😉
Reflita sobre o propósito da disciplina
Primeiramente, você precisa definir qual é o principal objetivo da disciplina que será ofertada. Esse será o núcleo central a partir do qual você vai poder organizar os demais elementos do plano de ensino.
Conheça o público participante
Depois que você tiver definido o propósito da disciplina, um passo crucial para o sucesso do plano de ensino é conhecer bem o público alvo da disciplina.
Ou seja, você precisa saber com que tipo de público estará interagindo para poder escolher as melhores estratégias de ensino de acordo com as características dos alunos.
Conecte teoria e prática de maneira situada
Nada mais frustrante do que aquele momento em que você prepara uma aula com muita dedicação, mas não sente os alunos conectados com o assunto, não é mesmo?
Pois bem, para evitar que isso aconteça você deve buscar sempre fazer uma conexão entre as teorias ou temas abordados na disciplina com a realidade prática específica dos alunos da turma.
Assim, a exposição da aula fará mais sentido pra turma, possibilitando maior engajamento e conexão.
Abrace mudanças necessárias
Eu sei que fazer o plano de ensino com todo cuidado demandou muito esforço e, por isso, as vezes você pode ficar resistente em fazer alguma mudança nele.
Mas, é importante lembrar que a dinâmica de ensino-aprendizagem não é estática, ou seja, está sempre em movimento e, portanto, pode acontecer de alguma ação planejada previamente não funcionar na prática.
Então, se você abraçar as mudanças necessárias no decorrer do caminho, a probabilidade do plano de ensino ser mais eficaz aumenta 🙂
Faça avaliações produtivas e não produtivistas
A fim de saber se a turma está absorvendo o conteúdo da disciplina é preciso aplicar avaliações.
No entanto, esse processo não precisa ser voltado para uma cobrança produtivista, ou seja, de alcançar as notas máximas a todo custo, o que gera pressão e cobranças.
Você pode buscar fazer das avaliações uma etapa de verificação do quão produtivo está sendo aquela disciplina para a turma de estudantes.
Isto é, mudar o foco da avaliação para entender com ela se o plano de ensino está sendo efetivo ou precisa de alterações.
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Doutoranda em Sociologia pela UFSC. Acredita no poder transformador das trocas e afetos que circulam no ambiente científico. Comprometida com a construção de uma ciência mais plural, humana e socialmente justa.
