Neste post você aprender sobre entrevista estruturada, uma técnica de pesquisa utilizada para a coleta de dados subjetivos.
Sumário:
- O que é uma entrevista?
- Tipos de entrevista
- Etapas de uma entrevista
- Dicas para planejar uma entrevista estruturada
- Formatação automática nas normas ABNT
Você precisa fazer entrevista para coletar dados pra sua pesquisa, mas não faz ideia de como aplicar essa técnica?
Vem comigo que esse post é pra você! 😉
O que é uma entrevista?
Entrevista é uma técnica de pesquisa qualitativa utilizada para coleta de dados subjetivos, ou seja, que se referem à representações, reflexões, crenças, e percepções das pessoas.
Essa técnica é utilizada para pesquisas científicas, mas também pode ser usada em entrevistas para processos seletivos.
A conversa entre a pessoa entrevistadora e a entrevistada é a matéria prima de uma entrevista, ou seja, é a partir dessa interação que será possível extrair as informações e percepções que serão posteriormente analisadas.
Nesse sentido, é fundamental que a entrevista ocorra em um ambiente confortável em que a pessoa entrevistada se sinta segura para falar sobre aquele tema determinado.
Além disso, para que uma entrevista seja uma boa ferramenta para coleta de dados é fundamental a formulação minuciosa das perguntas, levando em consideração a revisão bibliográfica, o problema e os objetivos da pesquisa.
Tipos de entrevista
Agora que você já sabe o que é uma entrevista, vamos aprender sobre os diferentes tipos de aplicação dessa técnica de pesquisa.
Entrevista estruturada
Em uma entrevista estruturada segue um roteiro fixo de perguntas, isto é, a pessoa que está realizando a entrevista não pode adaptar as perguntas no decorrer da conversa.
Por ter esse caráter não flexível da entrevista estruturada possui algumas vantagens e desvantagens, a depender do tipo de pesquisa que você quer realizar.
A padronização das perguntas e a obrigatoriedade de seguir um roteiro definido para todas as pessoas entrevistadas, esse tipo de entrevista costuma ser útil para realizar a comparação entre as respostas, além de otimizar o tempo em campo.
No entanto, a rigidez de uma entrevista estruturada dificulta o aprofundamento da conversa em pontos específicos, uma vez que o entrevistador (a) não tem a liberdade de elaborar novas questões ou modificar o roteiro no decorrer da entrevista.
Entrevista não-estruturada (aberta ou em profundidade)
Ao contrário da entrevista estruturada, o tipo de entrevista aberta tem como objetivo uma compreensão mais detalhada da percepção da pessoa entrevistada.
Por isso, busca fazer com que a pessoa entrevistada fale amplamente sobre o assunto, sem limitar a interação a um roteiro fixo.
Em entrevistas não-estruturadas, a pessoa que realiza a entrevista assume um lugar de escuta com o intuito de interferir o mínimo possível na condução da entrevista, que pode assumir um caráter informal e de espontaneidade.
Entrevista semiestruturada
A entrevista semiestruturada combina perguntas fixas com a liberdade de realizar perguntas espontâneas no decorrer da conversa.
Deste modo, acaba por combinar “o melhor dos dois mundos”, estabelecendo uma ponte entre a profundidade da entrevista aberta e a praticidade da entrevista estruturada.
Mas, lembre-se! A escolha pelo melhor tipo de entrevista depende das especificidades e objetivos da sua pesquisa 😉
Etapas de uma entrevista
No livro ‘Pesquisa social: Teoria, método e criatividade (2002)’, a cientista social Maria Cecília de Souza Minayo apresenta algumas observações sobre a atuação da pessoa pesquisadora em entrevistas.
Vamos conferir algumas 😉
Apresentação
O primeiro contato com a pessoa entrevistada é um passo para ir construindo confiança daquela pessoa para a realização da entrevista. Uma dica para isso é procurar uma terceira pessoa, que possa mediar a relação entre você e o entrevistado, construindo assim uma ponte de acesso entre as duas realidades.
Menção do interesse da pesquisa
É central apresentar para a pessoa entrevistada sobre o que se trata a pesquisa e como a entrevista vai contribuir para sua realização — de forma clara e resumida, sem jargões acadêmicos.
Apresentação de credencial institucional
Antes de você ir a campo, sua pesquisa precisa ser aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da sua universidade. Essa credencial institucional é uma condição necessária para que você realize as entrevistas.
Após conseguir essa aprovação, você em conjunto com seu orientador (a) irão redigir um termo de consentimento livre e esclarecido que deverá ser assinado por vocês e pela pessoa entrevistada, demonstrando a credibilidade e seriedade da pesquisa
Garantia de sigilo e anonimato
Para que a pessoa entrevistada se sinta segura para expor informações, é preciso que seja garantido a ela o anonimato e o sigilo quanto aos dados coletados na entrevista. Essa garantia pode constar junto ao termo de consentimento.
Registro fidedigno (“ao pé da letra”) da conversa
Quanto maior a riqueza de detalhes sobre a conversa, mais dados para analisar e mais complexa a sua pesquisa.
Uma boa maneira de fazer esse registro é por meio de gravações — consentidas —, mas anotações também podem auxiliar na captura da linguagem não verbal.
Organização e análise dos dados
Após a coleta das informações adquiridas nas entrevistas e devidamente registradas, é o momento de organizar esses dados e analisá-los para obter os resultados da pesquisa. Nesse passo é fundamental categorizar os dados para poder identificar possíveis padrões.
Dicas para planejar uma entrevista estruturada
1. Formule perguntas que se conectam com seu problema de pesquisa
É fundamental que as perguntas da entrevista estejam relacionadas com o seu problema de pesquisa, pois assim, você consegue extrair as informações necessárias para responder ao seu problema.
2. Apoie-se nas referências teóricas sobre o tema
As perguntas da entrevista e toda a interação dessa conversa não acontece num vácuo de conhecimento.
O estudo das referências teóricas sobre o tema é imprescindível para que você possa tanto formular boas perguntas quanto fazer o diálogo posterior dos dados coletados com outras pesquisas da área.
3. A pessoa entrevistada é um sujeito e não objeto de pesquisa
Lembre-se de que do outro lado da conversa há uma pessoa, com suas fragilidades e emoções e não um objeto de pesquisa.
Por isso, é imprescindível estabelecer um ambiente confortável e seguro para a condução da entrevista.
4. Atente-se a linguagem não verbal
A entrevista tem como matéria prima uma conversa, ou seja, uma interação carregada de subjetividades. Por isso, muitas vezes, um silêncio ou um gesto não verbal pode ser muito significativo.
Ter o cuidado e a sensibilidade para captar essa dimensão da comunicação pode te fazer se aprofundar ainda mais no entendimento do objeto estudado. Para isso, é importante se colocar em uma posição de escuta ativa.
5. Coloque-se numa posição de escuta ativa
Escuta ativa é, essencialmente, o ato de ouvir com atenção e interesse.
Quanto mais presente e atento às dinâmicas da conversa e às respostas do entrevistado, maior a probabilidade de você conseguir coletar mais informações para sua pesquisa.
Formatação automática nas normas ABNT
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Doutoranda em Sociologia pela UFSC. Acredita no poder transformador das trocas e afetos que circulam no ambiente científico. Comprometida com a construção de uma ciência mais plural, humana e socialmente justa.