Quais as etapas da pesquisa científica?

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Neste post você vai aprender 10 etapas da pesquisa científica: da escolha do tema até a formatação nas normas ABNT. Vem comigo!


Sumário:

  1. O que é pesquisa científica?
  2. Tipos de trabalho científico
  3. Quais as etapas da pesquisa científica?

Chegou o momento de desenvolver uma pesquisa científica e você não tem ideia de como fazer isso?

Pode ficar tranquila, que nesse post você vai aprender o que é uma pesquisa científica, sua estrutura e quais as etapas para realizá-la.

Vamos lá 😉

O que é pesquisa científica?

A pesquisa científica é o processo e o produto da aplicação do método científico. Ou seja, é o meio pelo qual a ciência se desenvolve.

Através da elaboração e divulgação de pesquisas científicas, ocorrem novas reflexões, interpretações e construções sobre o mundo em que vivemos e sobre nós mesmos.

Assim, é possível dizer que a pesquisa científica é uma práxis criativa que se estrutura por meio da conexão entre teoria e observação. Sua aplicação envolve a coleta, sistematização e a interpretação de dados, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre um determinado tema.

Uma pesquisa científica precisa apresentar rigor científico, ou seja, a aplicação da metodologia científica a partir da construção de uma base teórica bem fundamentada em diálogo com a coleta dos dados empíricos.

Tipos de trabalho científico

Existem diversos tipos de trabalhos científicos com objetivos e formatos próprios.

No entanto, o que é comum a todos eles é sua base científica e também a formatação de acordo com as normas da ABNT.

Da uma olhada nessa lista com alguns dos principais trabalhos científicos:

Se você é estudante, provavelmente já precisou fazer algum destes trabalhos, não é mesmo?!

Mas antes da elaboração de qualquer trabalho científico é preciso realizar todas as etapas de uma pesquisa científica. 

Bora aprender quais são essas etapas e o que é preciso fazer em cada uma delas.

Quais as etapas da pesquisa científica?

1. Escolha do tema

A primeiríssima etapa de qualquer pesquisa científica é a escolha do tema a ser estudado. 

É importante escolher algo que te desperte curiosidade e te mobilize no processo de pesquisa 🙂

Mas lembre-se: o tema escolhido precisa ser relevante cientificamente, ou seja, não deve ser apenas algo que te interessa pessoalmente, mas sim um assunto que mobilize pesquisas científicas e o debate acadêmico.

etapas da pesquisa científica

2. Revisão da literatura (fundamentação teórica)

Depois de ter escolhido o tema da pesquisa, é preciso saber o que já foi estudado sobre o assunto e o que está sendo produzido atualmente sobre essa temática.

Essa é a etapa da pesquisa em que você começa a mergulhar nas leituras sobre o tema, construindo seu referencial teórico. 

Nesse processo é fundamental buscar bibliografia em portais confiáveis — como Periódico Capes, o Scielo e o Google Acadêmico, por exemplo — para não correr o risco de reproduzir informações falsas.

É a partir do contato com a bibliografia já produzida sobre o tema que você vai poder compreender dados relevantes sobre o assunto, quais aspectos já foram analisados e quais as lacunas existentes dentro daquela temática.

As lacunas são as possíveis brechas para você desenvolver a sua pesquisa. Ou seja, avançar no estudo de aspectos que foram pouco avaliados até o momento e, nos quais você pode contribuir para aquele campo do conhecimento.

3. Problema de pesquisa

Elaborar uma pergunta pode parecer algo simples, mas essa é uma das etapas mais difíceis da pesquisa científica. 

etapas da pesquisa científica
Tirinha de Rachel Paterman (@desorientanda)

A ciência é movida pela elaboração de boas perguntas. É a pergunta que vai guiar toda a sua pesquisa, por isso ela é tão importante e precisa ser muito bem construída.

Mas como construir uma boa pergunta ou problema de pesquisa?

Separamos algumas dicas pra te ajudar nessa etapa:

  • O problema de pesquisa deve estar em forma de pergunta;
  • Não pode ser uma pergunta de sim ou não. É importante que seu problema de pesquisa seja capaz articular a problematização que você busca realizar, apontando para a complexidade da pesquisa;
  • Precisa ser executável  e bem delimitado;
  • O seu problema de pesquisa é elaborado a partir do questionamento: “o que pesquisar dentro de determinada temática?” Assim, você vai poder delimitar o objeto da pesquisa e direcioná-la a partir de um problema específico que faz parte de um tema mais amplo;
  • É fundamental estudar bastante a literatura do seu tema de pesquisa para, assim, poder identificar perguntas que já foram respondidas e possíveis lacunas que podem ser objeto para novas pesquisas;
  • Fazer anotações dos questionamentos que vão surgindo durante a revisão de literatura é um bom passo para ir organizando mentalmente a sua relação com o tema e pode apontar caminhos para o seu problema de pesquisa.

4. Objetivos (geral e específicos)

Os objetivos da pesquisa são os indicadores do caminho que você vai precisar percorrer para responder o problema de pesquisa.

Ou seja, para definir os objetivos você precisa se questionar: “o que quero saber com essa pesquisa?”

Deste modo, o objetivo geral deve ser referente ao resultado amplo da pesquisa, ou seja, a resposta para sua pergunta/problema de pesquisa.

Já os objetivos específicos são construídos a partir do desdobramento do objetivo geral, visando o caminho necessário para alcançá-lo.

Lembre-se: os objetivos precisam ser formulados no infinitivo, pois indicam uma ação que será realizada.

Alguns verbos que podem ser utilizados para elaborar os objetivos:

  • descrever, avaliar, compreender, identificar, classificar, examinar, investigar;

5. Formulação de hipótese (s)

Podemos compreender a hipótese como uma afirmação provisória. No entanto, nem todas as pesquisas científicas utilizam hipóteses e, as que utilizam podem fazer isso de formas distintas.

Em áreas do conhecimento como as ciências humanas, por exemplo, a hipótese pode ser utilizada como um guia na construção da pesquisa. 

Assim, a hipótese (s) não será algo a ser “testado” empiricamente, como ocorre nas ciências exatas, mas sim uma bússola para a condução das leituras e reflexões da pessoa pesquisadora.

“A hipótese é também um diálogo que se estabelece entre o olhar criativo do pesquisador, o
conhecimento existente e a realidade a ser investigada” (Deslandes, 2007, p.43).

A construção da hipótese da pesquisa deve ser formulada a partir da análise de pesquisas e teorias sobre o tema estudado, não “brota do nada”, não! O processo de pesquisa é coletivo e se faz no diálogo crítico constante entre pesquisadores.

6. Escolha da metodologia

A metodologia é o caminho que sua pesquisa irá percorrer.

Ou seja, a metodologia escolhida para a sua pesquisa fornecerá os instrumentos (métodos e técnicas) necessários para você realizar o estudo.

Por isso, ao definir sua metodologia é central se questionar: “o que é mais eficiente fazer para conseguir responder a questão que estou propondo?

Existem metodologias e métodos científicos distintos que podem ser utilizados de acordo com o seu tipo de pesquisa. 

Mas, tenha em mente que a aplicação rigorosa da metodologia científica é a base de qualquer pesquisa 😉

7. Aplicação da metodologia (coleta de dados, pesquisa de campo)

Depois de definir qual metodologia será utilizada no seu trabalho é hora de colocar a mão na massa — ou melhor, nos dados, teorias e experimentos!

Se a sua pesquisa possui coleta de dados empíricos, é nessa etapa que você vai a campo ou laboratório aplicar a metodologia — realização de testes e observações ou aplicação de entrevistas, questionários, etc.

Mas, se sua pesquisa é de caráter teórico, essa é a etapa em que você se aprofunda na leitura da bibliografia e conceitos analisados.

Todo esse material teórico e empírico — lembrando que esses dois aspectos sempre andam juntos — compõem sua base de análise, ou seja, é a partir da avaliação destes dados, leituras e conceitos que será possível extrair os resultados da pesquisa.

Mas essa é a próxima etapa.

8. Análise dos dados

Com os dados coletados é hora de organizar, sistematizar, avaliar, refletir. Sim, tudo isso!

A junção de dados ou informações desconexas e sem uma análise crítica não é pesquisa científica!

Por isso, a análise de dados é uma etapa fundamental da sua pesquisa. É por meio da avaliação dos materiais que você coletou, em conexão com o referencial teórico, que será possível responder o seu problema de pesquisa.

Apesar de falarmos em etapas da pesquisa de forma separada, é importante lembrar que na prática todas elas se conectam profundamente. É essa conexão, aliás, que fará com que a pesquisa seja coerente e bem executada.

Então, quando você estiver escolhendo a metodologia, não esqueça do problema de pesquisa! ou quando estiver coletando os dados, não esqueça dos objetivos!

Todas as etapas da pesquisa precisam estar conectadas e em diálogo permanente.

9. Conclusão

Ufa! Estamos quase no final 🙂

A etapa tão desejada, mas também super temida e muitas vezes feita às pressas: a conclusão.

O que colocar na conclusão? Porque ela é importante?

A conclusão reúne os principais argumentos da pesquisa em uma síntese, destacando as principais contribuições do trabalho. 

Essa etapa da pesquisa é importante porque apresenta uma visão profunda e concisa de todas as outras etapas da pesquisa. 

A dica aqui é: sintetize, não resuma! A conclusão não é um resumo da pesquisa, mas uma síntese dela.

Além de ajudar o leitor a relembrar o escopo da pesquisa, a conclusão também é o espaço de instigar novas perguntas. Ou seja, apontar possíveis lacunas do trabalho que podem direcionar novas pesquisas.

10. Redação e formatação

O último passo — porém não menos importante! — é redigir sua pesquisa de acordo com o formato do trabalho acadêmico solicitado e a norma culta da língua portuguesa.

Para isso, revisar a ortografia e o conteúdo da pesquisa é fundamental para deixar o trabalho coeso e checar possíveis erros.

Esse é o momento de reler com calma, encadear a argumentação de forma eficiente e padronizar o texto de acordo com as normas científicas exigidas.

Ou seja, ABNT para que te quero nesse momento, né!?

As normas da ABNT são o padrão mais utilizado para a formatação de trabalhos acadêmicos no Brasil. Por isso, é importante ficar atento às regras para cada tipo de trabalho.

Porém, sabemos que essa tarefa não é tão simples, né?!

Colocar todo o trabalho nas normas ABNT pode consumir um tempo precioso do seu dia a dia. Mas não precisa ser desse jeito. 

A Mettzer tem as ferramentas que você precisa para deixar sua vida acadêmica mais leve!

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O editor de texto de Mettzer formata qualquer trabalho acadêmico — automaticamente — nas normas ABNT. Isso mesmo, formatação automática da capa até as referências 😉

Nosso editor gera citações e referências de maneira automática para você! 

Assim, você não precisa se preocupar com os detalhes exigidos pela ABNT e pode dedicar seu tempo para o que realmente importa: pesquisar e desenvolver o conteúdo do seu trabalho!

Ah, e tem mais — a Mettzer conta também com um verificador de plágio para garantir a originalidade dos seus trabalhos acadêmicos.

Incrível, né?!

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etapas da pesquisa científica
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1 comentário em “Quais as etapas da pesquisa científica?”

  1. São comentários muito bem elaborados, de fácil compreensão. Li todas as etapas, amei fiquei altamente satisfeita. Obrigada pela apresentação deste estudo.

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