Entrevista estruturada: o que é e dicas de como fazer uma

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Neste post você aprender sobre entrevista estruturada, uma técnica de pesquisa utilizada para a coleta de dados subjetivos.


Sumário:

  1. O que é uma entrevista?  
  2. Tipos de entrevista
  3. Etapas de uma entrevista
  4. Dicas para planejar uma entrevista estruturada
  5. Formatação automática nas normas ABNT

Você precisa fazer entrevista para coletar dados pra sua pesquisa, mas não faz ideia de como aplicar essa técnica?

Vem comigo que esse post é pra você! 😉

O que é uma entrevista?  

Entrevista é uma técnica de pesquisa qualitativa utilizada para coleta de dados subjetivos, ou seja, que se referem à representações, reflexões, crenças, e percepções das pessoas.

Essa técnica é utilizada para pesquisas científicas, mas também pode ser usada em entrevistas para processos seletivos.

A conversa entre a pessoa entrevistadora e a entrevistada é a matéria prima de uma entrevista, ou seja, é a partir dessa interação que será possível extrair as informações e percepções que serão posteriormente analisadas.

Nesse sentido, é fundamental que a entrevista ocorra em um ambiente confortável em que a pessoa entrevistada se sinta segura para falar sobre aquele tema determinado.

Além disso, para que uma entrevista seja uma boa ferramenta para coleta de dados é fundamental a formulação minuciosa das perguntas, levando em consideração a revisão bibliográfica, o problema e os objetivos da pesquisa.

Tipos de entrevista

Agora que você já sabe o que é uma entrevista, vamos aprender sobre os diferentes tipos de aplicação dessa técnica de pesquisa.

Entrevista estruturada

Em uma entrevista estruturada segue um roteiro fixo de perguntas, isto é, a pessoa que está realizando a entrevista não pode adaptar as perguntas no decorrer da conversa.

Por ter esse caráter não flexível da entrevista estruturada possui algumas vantagens e desvantagens, a depender do tipo de pesquisa que você quer realizar.

A padronização das perguntas e a obrigatoriedade de seguir um roteiro definido para todas as pessoas entrevistadas, esse tipo de entrevista costuma ser útil para realizar a comparação entre as respostas, além de otimizar o tempo em campo.

No entanto, a rigidez de uma entrevista estruturada dificulta o aprofundamento da conversa em pontos específicos, uma vez que o entrevistador (a) não tem a liberdade de elaborar novas questões ou modificar o roteiro no decorrer da entrevista.

Entrevista não-estruturada (aberta ou em profundidade)

Ao contrário da entrevista estruturada, o tipo de entrevista aberta tem como objetivo uma compreensão mais detalhada da percepção da pessoa entrevistada.

Por isso, busca fazer com que a pessoa entrevistada fale amplamente sobre o assunto, sem limitar a interação a um roteiro fixo. 

Em entrevistas não-estruturadas, a pessoa que realiza a entrevista assume um lugar de escuta com o intuito de interferir o mínimo possível na condução da entrevista, que pode assumir um caráter informal e de espontaneidade.

Entrevista semiestruturada

A entrevista semiestruturada combina perguntas fixas com a liberdade de realizar perguntas espontâneas no decorrer da conversa.

Deste modo, acaba por combinar “o melhor dos dois mundos”, estabelecendo uma ponte entre a profundidade da entrevista aberta e a praticidade da entrevista estruturada.

Mas, lembre-se! A escolha pelo melhor tipo de entrevista depende das especificidades e objetivos da sua pesquisa 😉

entrevista estruturada

Etapas de uma entrevista

No livro ‘Pesquisa social: Teoria, método e criatividade (2002)’, a cientista social Maria Cecília de Souza Minayo apresenta algumas observações sobre a atuação da pessoa pesquisadora em entrevistas.

Vamos conferir algumas 😉

Apresentação

O primeiro contato com a pessoa entrevistada é um passo para ir construindo confiança daquela pessoa para a realização da entrevista. Uma dica para isso é procurar uma terceira pessoa, que possa mediar a relação entre você e o entrevistado, construindo assim uma ponte de acesso entre as duas realidades.

Menção do interesse da pesquisa

É central apresentar para a pessoa entrevistada sobre o que se trata a pesquisa e como a entrevista vai contribuir para sua realização — de forma clara e resumida, sem jargões acadêmicos.

Apresentação de credencial institucional

Antes de você ir a campo, sua pesquisa precisa ser aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da sua universidade. Essa credencial institucional é uma condição necessária para que você realize as entrevistas.

Após conseguir essa aprovação, você em conjunto com seu orientador (a) irão redigir um termo de consentimento livre e esclarecido que deverá ser assinado por vocês e pela pessoa entrevistada, demonstrando a credibilidade e seriedade da pesquisa

Garantia de sigilo e anonimato

Para que a pessoa entrevistada se sinta segura para expor informações, é preciso que seja garantido a ela o anonimato e o sigilo quanto aos dados coletados na entrevista. Essa garantia pode constar junto ao termo de consentimento.

Registro fidedigno (“ao pé da letra”) da conversa

Quanto maior a riqueza de detalhes sobre a conversa, mais dados para analisar e mais complexa a sua pesquisa.

Uma boa maneira de fazer esse registro é por meio de gravações — consentidas —, mas anotações também podem auxiliar na captura da linguagem não verbal.

Organização e análise dos dados

Após a coleta das informações adquiridas nas entrevistas e devidamente registradas, é o momento de organizar esses dados e analisá-los para obter os resultados da pesquisa. Nesse passo é fundamental categorizar os dados para poder identificar possíveis padrões. 

Dicas para planejar uma entrevista estruturada

1. Formule perguntas que se conectam com seu problema de pesquisa

É fundamental que as perguntas da entrevista estejam relacionadas com o seu problema de pesquisa, pois assim, você consegue extrair as informações necessárias para responder ao seu problema.

2. Apoie-se nas referências teóricas sobre o tema

As perguntas da entrevista e toda a interação dessa conversa não acontece num vácuo de conhecimento.

O estudo das referências teóricas sobre o tema é imprescindível para que você possa tanto formular boas perguntas quanto fazer o diálogo posterior dos dados coletados com outras pesquisas da área.

3. A pessoa entrevistada é um sujeito e não objeto de pesquisa

Lembre-se de que do outro lado da conversa há uma pessoa, com suas fragilidades e emoções e não um objeto de pesquisa.

Por isso, é imprescindível estabelecer um ambiente confortável e seguro para a condução da entrevista.

4. Atente-se a linguagem não verbal

A entrevista tem como matéria prima uma conversa, ou seja, uma interação carregada de subjetividades. Por isso, muitas vezes, um silêncio ou um gesto não verbal pode ser muito significativo. 

Ter o cuidado e a sensibilidade para captar essa dimensão da comunicação pode te fazer se aprofundar ainda mais no entendimento do objeto estudado. Para isso, é importante se colocar em uma posição de escuta ativa.

5. Coloque-se numa posição de escuta ativa

Escuta ativa é, essencialmente, o ato de ouvir com atenção e interesse.

Quanto mais presente e atento às dinâmicas da conversa e às respostas do entrevistado, maior a probabilidade de você conseguir coletar mais informações para sua pesquisa.

Formatação automática nas normas ABNT

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