Ao contrário do que se pensa — é possível desenvolver a habilidade da escrita criativa

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A escrita criativa é uma habilidade assim como outras. Por isso, é possível desenvolvê-la a partir de nossas dicas.


Sumário

  1. O que é escrita criativa?
  2. Como desenvolver a escrita criativa?
  3. Entenda que um texto criativo é resultado de um processo
  4. Desenvolva um olhar curioso diante das coisas
  5. Treinar e treinar e treinar
  6. Tenha constância
  7. Construa seu repertório de inspirações
  8. Exercícios para desenvolver a escrita criativa

De onde vêm as boas ideias? A pergunta que Steven Johnson faz no título de seu livro pode ser um ponto de partida para repensar a forma como a gente escreve e se comunica todos os dias.

Mas, antes que esse papo comece a ficar muito abstrato, deixa eu te falar: desde 2018, a pesquisa Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial, considera a criatividade como uma das dez competências profissionais que fazem os olhos das grandes empresas brilharem.

Além do mais, você já deve saber, a criatividade e a forma de se comunicar — de forma escrita ou falada, são formas importantes de se destacar, independentemente do lugar.

Esses dois grandes motivos já vão te fazer querer entender um pouco melhor sobre escrita criativa, não é verdade?

A notícia ruim é que não passo a passo para você escrever de forma mais criativa. Criar coisas novas e disruptivas exige algo além de uma receita de bolo.

Afinal de contas, a escrita criativa é algo que se estrutura principalmente dentro da gente. Então, o que funciona para mim, pode não funcionar tão bem para você.

Bom, por esse motivo, esse artigo tem o objetivo de te mostrar caminhos que podem te ajudar a escrever de forma mais criativa. Ou seja, desenvolver a sua própria escrita criativa.

A ideia é que você consiga, de fato, testar e aplicar algumas dessas dicas no seu cotidiano. Depois disso, me conta quais serviram mais para você. Combinado?

O que é escrita criativa?

Antes de mais nada, é importante que você entenda o conceito de escrita criativa.

Para começar, pense nos seguintes textos: uma receita de bolo, um relatório financeiro ou uma receita de remédio. É difícil imaginar algum desses conteúdos que fuja de um padrão pré-estabelecido, não é?

Pois então. Esses textos nos ajudam a pensar no que é a escrita criativa. Mas pensando pelo lado contrário: a escrita criativa é justamente escrever sem parâmetros pré-estabelecidos.

Assim como o próprio nome sugere, o elemento básico da escrita criativa é, de fato, a criatividade.

Sendo assim, a escrita criativa compreende redações em que as pessoas autoras encontram formas diferentes de contar as histórias.

Isso significa fugir de formas engessadas de escrever, apostar em alguns tipos de analogias e figuras de linguagem e estruturar uma narrativa interessante — o famoso storytelling.

Normalmente o objetivo principal desses texto é, além de fugir do óbvio, ganhar a atenção das pessoas que estão lendo.

Entretanto, há quem entende que a definição da escrita criativa é ser o oposto de escrita técnica. Nessa concepção, textos informativos, jornalísticos, acadêmicos e técnicos não fazem parte de uma escrita criativa.

No entanto, alguns desses textos podem ser, além de técnicos, criativos. Basta que elas tenham o objetivo de entreter e envolver a pessoa leitora — além de passar informações, por exemplo — através de elementos autorais e originais.

Quer dizer, um texto criativo pode ser criativo independentemente do seu gênero textual. Assim como existem crônicas, poesias e contos criativos, também existem artigos de opinião que trazem o ponto de vista sob a ótica da criatividade.

Como desenvolver a escrita criativa?

Diferente do que muitas pessoas pensam, a escrita criativa não é um dom divino, que apenas algumas pessoas recebem ao nascer.

Os textos criativos não surgem da noite para o dia. Nem em um momento de iluminação e inspiração, nem em um passe de mágicas.

São, ao contrário disso tudo, uma habilidade que as pessoas podem desenvolver ao longo da vida. Ou seja, assim como qualquer outra habilidade, é possível desenvolver a capacidade de escrever de forma mais criativa.

Para isso, é necessário ter intenção, estratégia e treinamento. É aí que tá: 10% de inspiração e 90% de transpiração, como dizem.

Se você está pesquisando por esse assunto, talvez já saiba que existe um milhão de cursos de escrita criativa. De fato, existem cursos de todos os tipos.

De maneira geral, esses cursos ensinam técnicas para.

Aqui estão algumas dicas especiais que também vão te ajudar a desenvolver a habilidade de encontrar a criatividade para escrever suas redações:

Entenda que um texto criativo é resultado de um processo

Você já sabe que os textos criativos não surgem da noite para o dia. Também não são uma epifania, mas o resultado de um processo criativo.

Então, assim como todos os processos criativos, depende de etapas estratégicas. Os processos criativos estão acessíveis a todas as pessoas que estão dispostas a pensar e conhecer o caminho que mais se encaixa em suas necessidades.

Sendo assim, as boas ideias — que estruturam os textos criativos, são uma rede.

Uma nova ideia é uma rede de neurônios que nunca aconteceu antes e que estabelece sincronias com outras partes do cérebro. Essa é a primeira dica que Steven Johnson nos dá.

Como nos colocamos diante de conectar essas ideias pode ser uma resposta para iniciar esse percurso. Então, como colocamos nossos cérebros diante de situações que essas novas conexões sejam mais propícias a acontecer?

A propósito, vale a pena conferir o TED em que Johnson explica essa ideia mais profundamente:

Desenvolva um olhar curioso diante das coisas

O ponto desse tópico é pensar que grandes e novas coisas surgiram porque alguém parou para se perguntar: “e se? por que? como funciona?

Afinal de contas, o comodismo e a conformidade fazem as pessoas permanecerem exatamente onde estão. Se você usar apenas esses ingredientes vai escrever textos que já foram escritos antes. Não vai sair do lugar comum.

É porque isso que dizem que a curiosidade alimenta a criatividade. Principalmente porque a curiosidade faz perguntas que a criatividade sai para buscar a resposta. É nesse ponto que ideias novas surgem.

Pare para perceber para onde a tua curiosidade te guia. Talvez tenha te feito conhecer um restaurante novo. Um lugar novo. Talvez tenha te feito fazer aulas de inglês, de violão, de pinturas de aquarela.

Elizabeth Gilbert escreveu o livro A grande magia, no qual descreve seu processo criativo de forma bastante didática (e até poética).

Dentre todos os pontos altos do livro, ela destaca que a curiosidade é como um ingrediente essencial à criatividade e as inevitáveis frustrações são como simples partes do processo.

Em seu livro “Como se encontrar na escrita“, Ana Holanda explicou melhor a relação entre a forma de escrever e a forma de olhar para o mundo:

É preciso se apoderar da palavra e entender que uma boa escrita está relacionada com a maneira como se olha para a vida.

Existem boas histórias para serem contadas em todos os lugares. Elas podem brotar dos encontros mais simples e despretensiosos. Tudo depende do olhar“.

HOLANDA, Ana. 2018, p. 18

Treinar e treinar e treinar

Talvez sua avó já tenha te avisado que “fazendo é que se faz“. Ou que a “prática leva à perfeição“. Enfim, a verdade é que nenhuma habilidade demanda exclusivamente de absorver os conhecimentos teóricos.

Você precisa colocar a mão na massa e simplesmente treinar, treinar e treinar sua escrita.

Você, por acaso, já conheceu alguma pianista que aprendeu a tocar muito bem piano só lendo artigos sobre o assunto?

Pois então, com a escrita criativa é a mesma coisa. Você precisa escrever textos para treinar. Você pode acertar de primeira (ou não!). Não importa.

O que importa mesmo é desenvolver essa habilidade. Testar seus conhecimentos. Perceber onde você pode procurar suas inspirações. Quais são as melhores formas de fazer as coisas. Como acessar suas boas ideias.

Todos esses pontos você só vai conseguir a partir de (muito!) treinamento.

Tenha constância

O ponto de vista da constância não é necessariamente em relação aos resultados. Mas em relação a praticar os processos e a insistir nas ideias.

Se você espera se tornar uma pessoa escritora premiada no primeiro texto que escrever, vai se frustrar. O que você pode fazer é se superar um pouco mais todos os dias.

Aproveite o processo de escrever, sem expectativa e sem compromisso com o resultado final do texto. Mesmo porque, como disse Steven Johnson, boas ideias demandam longos períodos de incubação.

Isso não é, de forma alguma, improdutividade. Afinal de contas, todos os processos – inclusive aqueles que “deram errado” – geram aprendizados e fazem parte de um resultado maior.

Em uma entrevista ao Roda Viva, Ferreira Gullar, poeta brasileiro, explicou sobre esse movimento de resistir às ideias, principalmente no processo criativo de escrita:

“[o assunto é] alguma coisa de estranho que a surpresa de um momento te passou, mas o que você vai escrever você não sabe, porque ainda não tá escrito. Compreende? É uma página em branco”.

Em resumo, o que o poeta quis dizer é que é necessário simplesmente começar a escrever e insistir na ideia. Nesse mesmo sentido, Steven Pressfield escreveu, no livro “A guerra da arte“, sobre o processo de escrita:

“Há um segredo que os verdadeiros escritores conhecem e que os aspirantes a escritor não sabem e o segredo é o seguinte: o difícil não é escrever. O difícil é sentar-se para escrever. O que nos impede de sentar para escrever é a resistência”.

E para praticar a constância, colecione boas perguntas e busque menos verdades absolutas. Faça listas de ideias e separe as ideias em partes menores para digerir cada pedaço.

Essa são dicas especiais da artista plástica Bruna Vettori, que acredita que colecionar boas perguntas é um bom caminho para descobrir novos caminhos. É dela a frase que diz: “as coisas boas levam tempo. Comece o quanto antes”.

Isso significa sentir-se confortável com as dúvidas e anotar os avanços e as dificuldades do trajeto. Criar teorias, validar hipóteses e se acostumar com a característica do processo.

Construa seu repertório de inspirações

Quanto mais informações você tiver sobre um problema, maiores serão as chances de encontrar soluções criativas sobre o assunto. Então, nutra seu repertório com muitas referências.

Você pode buscar essas referências em vários lugares: em filmes, séries, livros, revistas e jornais.

Mas outra dica importante é: busque referências de suas áreas e de áreas complementares às tuas.

Faça correlações para amplificar seu olhar. Investigue um objeto por diversos pontos diferentes.

Consuma conteúdos que vão expandir sua base de conhecimentos e podem virar referência a qualquer momento.

Exercícios para desenvolver a escrita criativa

Aqui estão alguns exercícios que podem te ajudar a desenvolver a sua escrita criativa:

  • Exercício de concisão: tente explicar alguma história em até 100 palavras com um texto de início, meio e fim. Não esqueça de prestar atenção na coesão e da coerência do texto.
  • Brinque com as perspectivas: escreva um texto simples narrado a partir do ponto de vista de diferentes personagens diferentes. Você pode criar personagens de pessoas, animais, objetos e por aí vai.
  • Da janela: Qual é a imagem que você vê diante da sua janela? Como você pode descrever essa cena? Veja como você se sai descrevendo essa imagem comum da sua rotina.
  • Conte a sua história: escreva um texto para se apresentar para alguém. Conte um pouco sobre você, seus objetivos de vida, o que você gosta de fazer para se divertir. Se quiser, se aprofunde em algum desses pontos. Você pode falar sobre a história da sua família ou sobre suas inspirações para escrever, por exemplo.

A Mettzer pode te ajudar a escrever textos

Não sei se você sabe, mas a mettzer é um ferramenta que pode te ajudar na sua vida acadêmica.

Para começar, você precisa pesquisar suas referências bibliográficas em uma base de dados confiável e bem qualificada. Imagina só usar fake news no seu referencial teórico, né?

Mas eu tenho uma boa notícia: a gente pode te ajudar nisso.

A plataforma da Mettzer une duas características fundamentais para desenvolver pesquisas: facilidade no acesso e segurança das informações.

Isso porque, através do Hub da Mettzer, é possível procurar bibliografias  e referências bibliográficas para usar como fonte de pesquisa.

Para pesquisar no Hub, você precisa digitar as palavras-chave sobre o tema que você quer pesquisar. Assim como uma pesquisa no Google.

Pronto! Nós te apresentamos uma lista de trabalhos sobre esse tema para te ajudar.

Muito além da facilidade de pesquisar, todos resultados da Mettzer são trabalhos construídos na própria plataforma. Quer dizer, você pode confiar.

E a melhor parte: o Hub da Mettzer é completamente livre e gratuito. Você pode usar e pesquisar quantas vezes quiser. Sem pagar nada.

Além disso, a plataforma da Mettzer é integrada ao Google Books. Então, você pode simplesmente pesquisar pelo nome da pessoa autora ou título do livro no gerador de referências.

Nós encontramos o livro na base de dados e gerados a referência conforme as normas da ABNT. Como de costume, de forma automática.

É que, não sei se você já sabe, mas o editor de texto da Mettzer formata todo trabalho de forma automática nas normas da ABNT.

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