5 dicas de como fazer observação participante

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A observação participante é uma técnica de coleta de dados importante para pesquisas qualitativas. Vem ver as dicas de como fazê-la.


A partir da observação participante é possível chegar em conclusões impossíveis para outros tipos de instrumentos de coleta de dados.

Afinal de contas, existe uma grande proximidade entre a pessoa pesquisadora e a realidade do grupo de pessoas participantes.

Quer fazer uma observação participante no seu trabalho? Esse post tem dicas que podem te ajudar muito 🙂

O que é observação participante?

De forma geral, a observação participante é um tipo de instrumento de coleta de dados, em que a pessoa pesquisadora participa das atividades diárias de um grupo de pessoas.

O objetivo, nesse caso, é justamente observar costumes, rituais e hábitos. Costuma-se dizer que esse tipo de observação tem o intuito de observar com os olhos das pessoas participantes.

Isso também significa que a observação participante é uma técnica de coleta de dados para pesquisas qualitativas. Quer dizer, é o método adequado para pesquisas que têm o intuito de compreender melhor uma realidade social específica.

Ao contrário de pesquisas basicamente teóricas, esse método é empírico. Ou seja: exige-se que a pessoa pesquisadora realmente experiencie a realidade das pessoas e que seja capaz de descrever as conclusões de forma objetiva.

Afinal de contas, a pessoa pesquisadora precisa necessariamente se envolver nas atividades relevantes do grupo que está estudando e, a partir disso, observar as relações, as atividades e os ambientes em que elas acontecem.

Então, por exemplo, uma pesquisa que tem como objetivo analisar a atuação de profissionais policiais numa específica comunidade socioeconomicamente vulnerável. Nesse caso, a pessoa pesquisadora deve permanecer constantemente nessa comunidade (participando das rotinas dessas pessoas) para conseguir observar como é a conduta de policiais com as pessoas que moram lá.

Crítica à observação participante

Como consequência da proximidade que se exige entre pessoa pesquisadora e participantes, uma crítica bastante contundente a esse instrumento é de trazer a subjetividade da pessoa pesquisadora para a pesquisa.

Quer dizer, a principal vantagem da observação participante também é a sua principal limitação: que é a subjetividade desse processo. Já que é impossível que a pessoa pesquisadora se concentre em tudo que acontece. A observação é por si só uma seleção restrita da realidade.

Nesse contexto, é bem possível que a pessoa pesquisadora se envolva com participantes e apresente conclusões relativas aos seus afetos e seus desconfortos.

Quanto se utiliza a observação participante?

Utiliza-se a observação participante principalmente quando a questão do problema de pesquisa parte do ponto de vista de participantes. Ou seja: a pergunta do trabalho deve ser respondida pelas lentes de análise do próprio grupo que está sendo observado.

Além disso, é uma técnica muito relevante quando uma observação externa (ou observação não participante) ou uma entrevista não são suficientes para apresentar conclusões relevantes.

Isso porque, embora também tenham resultados qualitativos, essas duas outras técnicas partem de um distanciamento entre pessoa pesquisadora e participantes. Bastante diferente do que precisa acontecer na observação participante.

Qual é a importância da observação participante?

A observação participante é um método de pesquisa qualitativa extremamente útil na Sociologia e na Antropologia. No entanto, tem-se ampliado para outras áreas dentro das Ciências Humanas.

No processo da observação participante, a pessoa pesquisadora alcança informações a partir da interação com seu objeto de estudo. Com base nas observações que faz dessa interação – que, normalmente, envolve a relação entre as pessoas – deve anotar todos os aspectos possíveis para compreender melhor os fenômenos.

Isso faz com que esse tipo de técnica seja extremamente relevante para compreender fenômenos e relações que não podem ser concluídas por mera entrevista ou análise externa. De fato, só se pode alcançar algumas conclusões com certa proximidade.

Quer dizer: é uma das únicas técnicas de coleta de dados que se chega mais perto de observar com as próprias lentes de quem está sendo pesquisado. Isso faz com que as conclusões sejam mais profundas e mais detalhadas.

5 Dicas de como fazer observação participante

Aqui estão 5 dicas de como fazer uma boa observação participante:

1. Anotar absolutamente tudo que é relevante para a pesquisa

Pois bem. Em primeiro lugar, você deve levar as anotações de suas observações extremamente a sério. Isso significa ter um caderno de anotações um diário de campo.

O caderno de anotações é o que você deve levar para o campo de pesquisa. Nesse caderno deve anotar, de forma breve, absolutamente tudo que entende relevante para seu trabalho.

O diário de campo é o lugar em que as anotações do caderno serão mais aprofundadas. Ao chegar em casa (ou, no máximo, no dia seguinte), deve-se anotar com mais detalhes o que aconteceu no dia e o que observou.

Nesse ponto, é relevante considerar 4 pontos:

a) Não espere para fazer as anotações. Faça logo. No mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte. Não considere que sua memória vai dar conta de tudo.

b) Relembre as cenas que observou a partir de 3D: com detalhes, com densidade e com olhos de dentro.

c) Liste todos os tópicos importantes, como numa espécie de resumo

d) Lembre que descrever não é interpretar. Então, as anotações devem ter dois tipos: i) descritivo, em que se faz um retrato do que aconteceu e o que foi visto; ii) interpretativo, em que se busca compreender e dar sentido ao que aconteceu. Não confunda os dois tipos.

2. Participar ativamente das atividades do grupo

Bom, esse é o objetivo principal desse tipo de observação. Você já deve saber que precisa participar de todas as atividades importantes e rotineiras: festas, celebrações, rotina dentro das casas, trabalho, escola, enfim.

3. Dominar o conhecimento interno do grupo

Esse ponto é consequência do ponto interior. Ao participar das atividades do grupo, é provável que você desenvolva conhecimentos sobre a linguagem, sobre as gírias, sobre os códigos importantes para o grupo.

4. Compartilhe momentos cruciais

Esses momentos cruciais vão depender do tema e objeto de pesquisa. Mas, por exemplo, em um trabalho que tem como objetivo analisar o direito à moradia, é fundamental estar presente em momentos de ocupação de espaços e em momentos que a polícia chega para fazer despejos.

5. Minimize, no que for possível, sua subjetividade

É muito comum que a pessoa pesquisadora se envolva com o campo de pesquisa. Isso não pode fazer com que traga total subjetividade para suas análises científicas.

Para evitar essa situação, deve-se sempre ter em mente qual é o problema de pesquisa e seus marcos teóricos. Além do mais, deve-se anotar, de forma descritiva, todas as situações. Afinal de contas, é possível que a sua memória te forneça detalhes valorativos. É melhor não contar só com esse recurso.

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