A iniciação científica tem o objetivo de apresentar a vida científica e acadêmica aos alunos da graduação. Mas tem muitos outros benefícios. Vem conhecer.
Publicado em 20/09/2018. | Atualizado em 17 de fevereiro de 2022.
Sumário
- O que é iniciação científica?
- Para que serve a iniciação científica?
- Quais as tarefas de uma pessoa que está fazendo iniciação científica?
- Como fazer iniciação científica?
- Desenvolvimento de iniciação científica no Brasil
- Benefícios da iniciação científica
- Formatação automática de trabalhos nas normas da ABNT
O percurso da jornada acadêmica tem muitas oportunidades diferentes, desde projetos de extensão até programas de iniciação científica.
Mas, espera aí, eu falei iniciação científica. Você sabe o que é esse programa?
Se você ainda não sabe o que é, não tem problema. Chegou a hora!
Pega seu café e vem aprender tudo sobre esse tipo de programa 🙂
O que é iniciação científica?
Vamos partir do óbvio. Assim como sugere o nome, a iniciação científica é um programa para iniciar a vida científica de universitários. Simples assim.
Ou seja: a finalidade do programa é apresentar a vida científica para estudantes de graduação e incentivá-los a participar de projetos de pesquisa, para desenvolverem técnicas e e métodos científicos.
Para alcançar esse objetivo, o programa compreende projetos de pesquisa que, com auxílio dos professores orientadores, inserem os estudantes universitários no universo da pesquisa científica.
Para que serve a iniciação científica?
As atividades da iniciação científica compreendem a realização de uma pesquisa básica, para a compreensão de novos fenômenos, ou uma pesquisa aplicada, para resolver algum problema prático do cotidiano das pessoas.
Então, em primeiro lugar, serve para dar oportunidade aos estudantes para estudar temas do seu interesse e construir conhecimentos científicos. É assim que o aluno se vê inserido no meio acadêmico.
Além de aprofundar os conhecimentos teóricos e técnicos do estudante, permite que estudantes possam avaliar se a carreira acadêmica se alinha às suas habilidades e às suas pretensões de vida.
Como se não bastasse, todas as produções científicas desenvolvidas na iniciação científica se transformam em artigos científicos e conteúdos de revistas, que podem servir como alicerce para o TCC.
De forma geral, a iniciação científica é indicada para todas as pessoas que querem aprender sobre metodologia científica e contribuir para o desenvolvimento da ciência.
Quais as tarefas de uma pessoa que está fazendo iniciação científica?
Ao se comprometer com um projeto de pesquisa de iniciação científica, estudantes têm as seguintes responsabilidades:
- Desenvolver a pesquisa do projeto em 12 meses. Pode-se prorrogar esse prazo.
- Comparecer às reuniões com orientador.
- Entregar relatórios semestrais e um relatório final de pesquisa.
- Atualizar, com constância, o Currículo Lattes.
Como fazer iniciação científica?
Bom, talvez você já tenha se convencido de participar de um programa de iniciação científica. Agora a grande questão seja: como começar a participar de um programa de iniciação científica?
Isso vai depender bastante de cada instituição de ensino. A melhor forma é procurar um professor que tenha uma produção científica expressiva em uma área do conhecimento de seu interesse. Talvez ele possa te orientar nesse caminho.
Contudo, os professores que têm vagas disponíveis em projetos costumam publicar editais com as regras e os critérios de seleção. Nesse caso, atente-se aos prazos e às atividades previstas no edital.
Desenvolvimento de iniciação científica no Brasil
Para entender a iniciação científica com maior profundidade, é interessante saber como ela se articula no Brasil.
Pois bem. A iniciação científica existe desde o início das universidades, mas de forma muito informal, apenas com um caráter de auxílio aos professores.
De forma inicial, os cursos na área de ciências biológicas e as disciplinas de saúde – como medicina, odontologia e enfermagem, que começaram a criar essa tradição.
Mais tarde, o CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico implementou o sistema de bolsas. A partir de então, os programas de iniciação científica ganharam maior estrutura e mais qualidade através do PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica.
O número de bolsas e o auxílio à pesquisa se alinham às fases do governo. Algumas estruturas políticas fazem inclusão de mais pesquisadores e bolsas, outras cortam bolsas e diminuem o incentivo. Tudo de acordo com orçamento que se destina à área.
O Brasil ocupa o nono lugar no ranking de publicações científicas no mundo. Na América Latina, nosso país ocupa o primeiro lugar.
A ciência é fundamental para a construção, aquisição e manutenção do conhecimento no nosso país. Aqui se encaixam os diversos tipos de pesquisa científica, como monografia, dissertação e tese.
Mas, se compararmos o Brasil a alguns países europeus, em termos de incentivo à pesquisa ainda caminhamos em passos lentos.
Benefícios da iniciação científica
Não vão faltar motivos para você querer fazer iniciação científica. Veja os principais benefícios da iniciação científica:
Desenvolver uma pesquisa científica
O primeiro – e maior – benefício da iniciação científica é colocar o estudante em contato com o mundo científico. Isso significa aprender como se constrói um conhecimento científico e qual é a importância da ciência para o desenvolvimento da vida das pessoas.
Então, os estudantes aprendem, na prática, a desenvolver pesquisa científica e a aplicar metodologia científica. É assim que a iniciação científica insere o estudante no meio acadêmico e científico.
Isso pode, de fato, mudar o rumo da vida dos estudantes.
Escrever um artigo de iniciação científica
O resultado do desenvolvimento de uma pesquisa pode ser registrada em um artigo.
Além de proporcionar o início da experiência de organizar e escrever um artigo, a iniciação científica pode proporcionar também a primeira publicação desse estudante.
Enriquecer o portfólio acadêmico e o Currículo Lattes
Imagine como pode ser interessante você ter um acervo recheado de experiências acadêmicas ainda na graduação. Pense como isso enriqueceria sua jornada acadêmica, não é mesmo?
A iniciação científica te possibilita isso: enriquecer teu portfólio acadêmico e Currículo Lattes.
Já que a partir da iniciação científica, os estudantes acabam apresentando muitos trabalhos e produzindo textos, publicando artigos, fazendo palestras e participando de eventos acadêmicos, de cursos extracurriculares e de projetos de extensão todas as outras atividades importantes que podem ser desenvolvidas durante a graduação.
Construir embasamento para o TCC
Participar de grupos de iniciação científica é proveitoso para se perceber dentro do tema de pesquisa. Isso significa que o estudante vai poder perceber os temas que gosta e os temas que não gosta de estudar.
Escolher um bom tema para o TCC é uma tarefa bastante complicada, porque envolve inúmeros fatores e não abre muita margem para erro. Então, ter proximidade com o que você gosta já é meio caminho andado.
Além do mais, em razão da densidade da pesquisa, da proposta e dos objetivos do projeto de iniciação científica, é bastante comum que o projeto se transforme no próprio TCC.
Ou seja: os estudantes, com a autorização dos orientadores, ampliam o projeto de iniciação científica para o TCC ou monografia.
Bolsas de auxílio e incentivo à pesquisa
Eu sei que nem tudo na vida acadêmica são flores. Também existe muuuitas dificuldades nesse caminho, inclusive financeiras.
Uma saída para essas questões são as bolsas de auxílio e incentivo à pesquisa. As bolsas unem o útil ao agradável: os alunos recebem auxílio financeiro por dedicar seu tempo à pesquisa.
Contudo, nem todos os programas de iniciação científica fornecem esse auxílio. Isso vai depender de muitos fatores: desde a modalidade de pesquisa, o perfil do orientador, até o objeto de estudo.
O CNPq fornece a maior parte das bolsas de iniciação cientíca, através do PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e o PIBITI – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação.
Outra alternativa são as bolsas de fundações, como a Fapesp e o PUB – Programa Unificado de Bolsas da USP.
É importante ter em mente que cada tipo de bolsa tem suas especificidades e suas regras. Então, é importante pesquisar nos editais de cada órgão como aprovar um projeto e receber auxílio financeiro para a pesquisa.
Mas, de forma geral, os critérios para obtenção de bolsa de pesquisa são:
- Não estar ativo no mercado de trabalho.
- A qualidade do projeto de pesquisa.
- O desempenho acadêmico do estudante.
Contato direto com professores da área de pesquisa
Quando se inicia um projeto de iniciação científica, um professor tem a função de orientar e auxiliar em todo o processo.
A partir do contato com professores e teóricos da área da pesquisa, os alunos são inseridos em um universo de pesquisas e de teorias muito mais ampla e mais aprofundada do que existe nas salas de aula.
Isso tudo faz com que os estudos, as pesquisas e os métodos façam mais sentido e ampliem os horizontes sobre os temas que estudam.
Participação em eventos
É bastante comum existirem eventos científicos que tenham foco na apresentação de trabalhos acadêmicos e de pesquisas de iniciação científica.
Simpósios, encontros, colóquios, grupos de pesquisa e mostras são alguns dos eventos com esse enfoque.
Neste tipo de evento, os pesquisadores apresentam as pesquisas ou os paineis, de acordo com as as categorias de temas. De forma geral, existe uma banca que avalia o trabalho e dá sugestões que acrescentam à pesquisa.
Além de colocar os estudantes em contato com outros pesquisadodres da área e com as novidades dos assuntos, esses eventos também pode fornecer premiações aos melhores trabalhos.
Avaliar a carreira de pesquisador ou de pesquisadora
Pessoas que têm um contato mais aprofundado com a pesquisa na vida acadêmica podem encontrar nessa afinidade uma nova alternativa à vida profissional: a carreira acadêmica.
A aproximação com os professores, com as temáticas de pesquisa, com a linguagem a com as estruturas de investigação científica permite que os estudantes avaliem a carreira de pesquisador.
Existe uma pesquisa que concluiu que os estudantes que fazem iniciação científica têm 2,2 mais chances de completar o mestrado e 1,5 mais chances de completar o doutorado.
Quer dizer, se o estudante gostar e se interessar pela pesquisa científica, pode continuar a pesquisar através dos programas de mestrado.
Formatação automática de trabalhos nas normas da ABNT
Agora você já deve saber que um projeto de iniciação científica resulta em inúmeros trabalhos acadêmicos e publicações para o seu Currículo Lattes.
Você não deve esquecer que, independentemente do tipo de trabalho acadêmico, você deve seguir a formatação das normas da ABNT.
E nisso nós podemos te ajudar. O Mettzer é um editor de textos, que formata, de forma automática, todos os seus trabalhos nas normas da ABNT: desde a capa até as referências bibliográficas.
Já são mais de 1 milhão de estudantes e pesquisadores que usam o Mettzer todos os dias.
Então, se você ainda não conhece o Mettzer, essa é uma ótima oportunidade de conhecer.
Acesse nosso site e faça um teste gratuito por 7 dias 🙂
É um programa voltado aos projetos de pesquisa de todas as áreas do conhecimento, que tem o objetivo de apresentar a vida científica aos alunos da graduação.
Você pode procurar um professor de uma área do conhecimento do seu interesse e pedir auxílio nesse percurso ou ficar de olho nos editais de vagas abertas.
O programa compreende projetos de pesquisa que, com auxílio dos professores orientadores, inserem os estudantes universitários no universo da pesquisa científica.
As atividades referem-se à realização de uma pesquisa básica, para a compreensão de novos fenômenos, ou de uma pesquisa aplicada, para resolver algum problema prático do cotidiano das pessoas.
Pesquisadora. Mestra em Direito pela UFSC. Acredita que conhecimentos acadêmicos só servem se ultrapassarem os muros das universidades e que conhecimento bom é conhecimento compartilhado e construído por todas as pessoas.